terça-feira, 23 de março de 2021

Limpeza Terminal e Limpeza Concorrente: Saiba Tudo

O que é a limpeza terminal e a limpeza concorrente?

Inicialmente a limpeza terminal é uma limpeza completa realizada nas instituições de saúde, que visa reduzir as sujeiras e os microrganismos para também reduzir, fortemente, as chances de contaminação e transmissão de doenças. Já a limpeza concorrente é a higienização diária, que é feita com o objetivo de reduzir os riscos de infecção. O procedimento pode ser realizado duas vezes por dia ou sempre que houver necessidade.

Saúde e bem-estar estão ligados à limpeza e higienização. É fato comprovado. Para isso, em ambientes como hospitais, clínicas, laboratórios, entre outros relacionados ao cuidado com o corpo, a limpeza terminal e limpeza concorrente são essenciais para que as medidas de proteção sanitária sejam eficazes e para que os riscos de contaminação sejam os mais baixos possíveis.

Para que pacientes e profissionais da saúde desfrutem de um ambiente seguro, a limpeza hospitalar requer procedimentos e materiais de limpeza específicos para eliminação de sujidades e microrganismos.

O olhar de quem limpa e os procedimentos devem estar apurados, atentos e em constante vigilância para que as condições de higiene sejam sempre impecáveis. Por isso, seguir os métodos descritos nos manuais é tão importante.

Mas o que significa limpeza terminal e limpeza concorrente no ambiente hospitalar? Quais as diferenças entre elas e quais produtos e métodos estão envolvidos? Aqui neste artigo, respondemos a todas essas questões. Se desejar você pode navegar entre os tópicos!

impeza terminal- limpeza concorrente

Sistema de limpeza terminal com pulverizador na limpeza hospitalar

Por que é tão importante a limpeza hospitalar?

Primeiro, é fundamental compreender que, em ambientes hospitalares, há grande chance de transmissão de microrganismos prejudiciais à saúde e que o lugar de cuidar e restabelecer o bem-estar pode ser também de grande risco.

Estudos mostram que infecções causadas por microrganismos resistentes aumentam o tempo de internação, a mortalidade e os custos da assistência médica.

Sabe-se que um espaço ocupado por um paciente pode funcionar como reservatório de microrganismos resistentes, o que favorece a disseminação dos agentes.

De acordo com vários estudos, destacamos o realizado em Massachusetts (E.U.A), há uma associação entre a contaminação do ambiente com Enterococcus spp. resistente à Vancomicina e a infecção ou colonização por esse agente.

Um outro estudo mostrou que a internação em quartos previamente ocupados por pacientes portadores de Enterococo resistente à Vancomicina (VRE) –  um dos principais patógenos causadores de infecções hospitalares – aumentou em 40% o risco de aquisição desses agentes.

Por isso, realizar os procedimentos e as rotinas de limpeza e desinfecção ambiental nos hospitais são ações indispensáveis para a prevenção de doenças e disseminação de microrganismos resistentes.

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limpeza terminal e concorrente

Quarto de hospital após a realização da limpeza terminal

Limpeza concorrente x terminal: entenda as diferenças e métodos

Limpeza concorrente

Agora, vamos aos tipos das limpezas. A limpeza concorrente é a higienização diária, que é feita com o objetivo de reduzir os riscos de infecção. O procedimento pode ser realizado, normalmente uma a duas vezes por dia ou sempre que houver necessidade.

Na limpeza concorrente, para conforto, segurança e higiene do ambiente, podem ser encontradas as seguintes ações:

  • limpeza de objetos das mesas de refeição e cabeceira;
  • higienização das mesas;
  • limpeza do suporte de soro;
  • limpeza de cadeiras e outros móveis;
  • limpeza de travesseiro e colchão;
  • limpeza do banheiros;
  • limpeza de grades, painéis e escadas.

Outra atividade que está inserida nas ações de limpeza concorrente é a higienização de pisos de quartos e enfermarias, corredores, áreas sanitárias e administrativas.

Vale destacar que a limpeza concorrente trata-se de uma limpeza predominantemente úmida e menos completa do que a limpeza terminal.

Protocolo limpeza concorrente de acordo com o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (CONASS):

Classificação de áreas Frequência Observação
Áreas Criticas 1x por dia Data e horário pré-estabelecido e sempre que necessário
Semi Critica 1x por dia Data e horário pré-estabelecido e sempre que necessário
Não-Critica 1x  por dia ou dias alternados Data e horário pré-estabelecido e sempre que necessário
Áreas comuns 1x por dia Data e horário pré-estabelecido e sempre que necessário
Áreas externas 2x por semana Data e horário pré-estabelecido e sempre que necessário

Exemplo básico de limpeza concorrente:

  • Limpeza úmida para todas as superfícies, utilizando baldes e panos de cores diferenciadas (um contendo solução detergente e outro água limpa);
  • Utilização de pulverizadores com solução desinfetante;
  • Em caso de uso de baldes, trocar a solução dos mesmos a cada ambiente;
  • Processo de limpeza no banheiro: lavagem geral básica.

Técnica básica:

  • Iniciar sempre da área mais limpa para a mais suja;
  • Utilizar movimento único, em um só sentido, para  a limpeza de todas as superfícies;
  • Do local mais alto para o local mais baixo;
  • Do fundo para saída do ambiente.

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Limpeza terminal

Como já adiantamos acima, a limpeza terminal é uma limpeza mais completa, que visa reduzir as sujeiras e os microrganismos para diminuir as chances de contaminação.

Ela é realizada sempre após a transferência, alta, internação prolongada e ambiente de óbito do paciente. Além disso, a limpeza terminal também acontece em salas cirúrgicas antes e após o procedimento.

A limpeza terminal se baseia, além das limpezas profundas, também nas emergências e necessidades de todas as áreas hospitalares como as críticas, semi críticas e não críticas e inclui todas as superfícies e móveis.

Assim, todos os objetos do quarto são higienizados – cadeiras de rodas, macas, todos os equipamentos – além de janelas, portas, luminárias e o teto.

Entre as tarefas da limpeza terminal, estão:

  • limpar e desinfectar mesas e suportes;
  • limpar travesseiros;
  • higienizar colchões;
  • limpar a cama;
  • realizar a limpeza de cadeiras e outros móveis do local;
  • higienizar pisos, paredes, vidros e demais superfícies;
  • recolher roupas de cama e higienizar os impermeáveis.

Protocolo limpeza terminal de acordo com o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (CONASS):

A seguir, assista um exemplo de como é realizada uma limpeza terminal.

 

Protocolo limpeza terminal

Classificação das áreas Frequência Observação
Áreas Criticas Semanal Data e horário pré-estabelecido e sempre que necessário
Semi-Critica Quinzenal Data e horário pré-estabelecido e sempre que necessário
Não-Critica Mensal Data e horário pré-estabelecido e sempre que necessário
Áreas Comuns Mensal Data e horário pré-estabelecido e sempre que necessário
Áreas Externas Semanal Data e horário pré-estabelecido e sempre que necessário

 Método básico de limpeza terminal:

  • Reunir e organizar todo o material necessário no carrinho de limpeza;
  • Colocar o carrinho de limpeza do lado da porta de entrada do ambiente, sempre do lado de fora;
  • Utilizar os EPIs necessários e indicados para a realização do procedimento de limpeza;
  • Realizar, quando necessárias, a desinfecção/descontaminação de matéria orgânica;
  • Trocar as luvas para execução das demais etapas;
  • Recolher os sacos de lixo do local;
  • Iniciar a limpeza pelo mobiliário com solução detergente para remoção da sujidade;
  • Realizar o enxágue e, aplicação de solução desinfetante hospitalar Optigerm;
  • Proceder a limpeza da porta, do visor e da maçaneta com solução detergente ou solução desinfetante adequada;
  • Proceder a limpeza do piso com solução do Desinfetante Hospitalar Optigerm ou padronizada no seu hospital;
  • Realizar a limpeza do banheiro, iniciando pela pia, o vaso sanitário e, por último, o piso e ralos (limpar o porta papel toalha, o porta papel higiênico, o espelho, a válvula de descarga);
  • Reorganizar o ambiente;
  • Despejar as soluções dos baldes;
  • Realizar a higienização dos baldes;
  • Proceder a limpeza do recipiente para resíduos, com solução desinfetante, em local específico;
  • Repor os sacos de lixo;
  • Retirar e lavar as luvas;
  • Lavar as mãos;
  • Repor os produtos de higiene pessoal (sabonete, papel toalha e higiênico).

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Classificação das áreas de higienização hospitalar

Apresentadas as características da limpeza terminal e concorrente, vamos citar também os ambientes classificados dentro do espaço hospitalar e de como cada área deve ser cuidada.

Entender a demanda de cada espaço é fundamental para realizar uma ação de limpeza e higienização mais assertiva. Vamos lá?

Áreas críticas

Como o próprio nome já diz, são locais que oferecem maior risco de infecções e onde há maior exposição aos microrganismos patogênicos. Ou seja, espaços nos quais são realizados procedimentos invasivos, como UTIs, salas de cirurgia, clínicas, central de materiais e esterilização, além de cozinha e lavanderia.

Áreas semi críticas

As áreas semi críticas são aquelas ocupadas por pacientes com doenças de baixa transmissão ou com enfermidades não infecciosas.

São ambientes nos quais não há cuidados intensivos, como por exemplo, sala de pacientes e central de triagem.

Áreas não críticas

Por fim, temos as áreas não críticas que não abrigam pacientes e onde não são realizados procedimentos médicos.

Essas áreas são as administrativas e de circulação.

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Produtos de limpeza para higienização hospitalar

Os produtos de limpeza e desinfecção hospitalar – como detergentes e desinfetantes concentrados ou pronto para uso – devem estar de acordo com as determinações dos órgãos responsáveis.

O material de limpeza e higienização deve estar registrado na Anvisa e ter as especificações de acordo com a legislação. Seu uso deve ser consciente e responsável para não agredir os profissionais ou pacientes.

A escolha dos produtos utilizados, tanto na limpeza concorrente quanto na terminal, deve considerar os seguintes critérios:

  • superfície a ser limpa ou desinfetada;
  • tipo e grau de sujidade;
  • tipo de contaminação e sua eliminação (quais microrganismos envolvidos);
  • qualidade da água e sua influência na limpeza e desinfecção;
  • método de limpeza e desinfecção;
  • tipo de máquina e acessórios existentes;
  • nível de toxidade dos ingredientes;
  • interação dos desinfetantes e dos detergentes;
  • medidas de segurança na manipulação e uso.

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limpeza

Limpeza concorrente sendo realizada com pulverizador em quarto de hospital

Superfícies e ambientes hospitalares e grau de contato com as mãos:

Por fim, podemos ainda dividir as superfícies e ambientes hospitalares de acordo com o grau de contato com as mãos para estabelecer os critérios de limpeza. Veja só:

Maior grau de risco, devido ao alto contato com as mãos: bancadas, maçanetas, interruptores, paredes do banheiro, unidade do paciente e outros, por isso a higiene das mãos é muito importante;

Mínimo risco e quase zero contato das mãos: teto, piso, janelas e outros.

Alto nível de risco,  devido ao intenso contato com as mãos, como equipamentos médicos: equipamentos de Raio-X, equipamentos de diálise, carrinhos, monitores, ventiladores mecânicos, bomba de infusão e outros.

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Vamos agora comentar testes e monitoramento da limpeza e de sua efetividade.

Começando com o teste de limpeza ATP.

O que é o teste de limpeza ATP?

O teste de limpeza ATP é uma “ferramenta” que foi desenvolvida para monitorar o nível de limpeza de um ambiente, este é o teste mais conhecido e sua atuação acontece da seguinte forma. Amostras são coletadas por meio de um cotonete específico e submetidas à técnica da bioluminescência, que identifica a quantidade de adenosina trifosfato (ATP) nas superfícies e ambientes.

Hoje em dia existe um produto que é uma ótima alternativa para o teste de limpeza ATP, este produto é o Optiglow. Além de se tratar de uma ferramenta importante no treinamento de equipes. O Optiglow é um kit que possui uma solução em spray composta de um agente que pode ser observado sob luz ultravioleta, com alto comprimento de onda.

Este método capacita e desperta a atenção e o cuidado da equipe de limpeza. Ele também é capaz de identificar falhas no processo e ajudar na elaboração de técnicas mais eficazes de limpeza.

Hygibras: produtos e acessórios para limpeza e higienização hospitalar

A Hygibras é especializada em produtos de limpeza e higiene profissionais que atendem às recomendações dos órgãos responsáveis e oferecem eficácia, segurança e economia nos procedimentos de limpeza em hospitais, clínicas e laboratórios.

Detergentes, desinfetantes, luvas, baldes, cestos, esfregões, mops e todas as soluções em limpeza estão disponíveis para atender de forma personalizada às demandas de higienização em ambientes relacionados à saúde e ao bem-estar.

Entre eles, podemos destacar o Desinfetante Hospitalar Optigerm. O produto é recomendado tanto para limpeza terminal como concorrente.

Trata-se de uma solução segura, com baixa toxicidade e baixa irritabilidade dérmica e ocular e ausência de efeitos genotóxicos e teratogênicos.

O desinfetante hospitalar age sobre um amplo espectro de microrganismos, mesmo na presença de matéria orgânica.

As recomendações de uso e alguns rendimentos são:

  • Na limpeza úmida, realizada com mop ou panos de limpeza.
  • Na limpeza molhada, realizada com enceradeira industrial ou esfregão.
  • Também na pulverização, realizada com spray ou pulverizador – em paredes, mobilias e pisos.

Fontes:

Revista Latino-Americana de Enfermagem

Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo

CONASS

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terça-feira, 9 de março de 2021

Álcool gel antisséptico – Saiba Tudo Sobre

Realizar a aplicação do álcool gel antisséptico transformou a rotina e o ato de limpar as mãos, com frequência e de maneira correta, em uma medida competente no controle de infecções e doenças, como no caso da Covid-19. O álcool em gel 70 antisséptico é figura primordial nesse enredo que visa o cuidado com a saúde de forma particular e coletiva.

Atualmente, existe no mercado centenas de tipos e marcas de álcool antisséptico acessíveis. Mas qual álcool gel antisséptico é de fato bom? Como comprar um produto de qualidade e que atenda as normas para proteção e eliminação dos microrganismos? Como usar acertadamente o álcool em gel antisséptico? Estas e outras dúvidas surgem na mesma quantidade em que os produtos para higienização das mãos pipocam nas lojas, mercados e farmácias.

Então, para esclarecer tudo sobre a eficácia e uso do álcool gel antisséptico, preparamos este artigo. Acompanhe a leitura e veja como oferecer saúde e proteção em sua empresa, indústria, restaurante, clínica ou hospital. Se desejar você pode navegar entre os tópicos!

Vamos lá?

álcool gel antisséptico

O que é o álcool gel antisséptico?

Primeiro, é crucial saber o que é o álcool em gel antisséptico. O produto de higiene das mãos é um composto com propriedades microbicidas, reconhecidamente competentes para extinguir os germes pertencentes às principais infecções.

Entre os produtos antissépticos, o álcool gel é um dos mais seguros por ter baixa toxicidade, efeito rápido e ação antimicrobiana. Para sua venda é obrigatório registro na Anvisa, com comprovação da ação bactericida.

Segundo as normas, a concentração mínima da apresentação deve ser de 70% p/p. A composição do álcool em gel 70% antisséptico é feita de carbopol (polímero que age como espessante), álcool etílico, trietanolamina e água. Sendo assim a ação antimicrobiana das soluções alcoólicas está relacionada à sua concentração em peso ou em volume em relação à água.

Mais a seguir, vamos voltar a falar das concentrações, porcentagens e graus do álcool antisséptico.

O que pode ter ou não na composição do álcool gel antisséptico?

H2O2

O H2O2 é o modo do composto do Peróxido de Hidrogênio, conhecido popularmente como água oxigenada.

Em baixa concentração, o H2O2 tem efeito bactericida e ajuda a eliminar esporos contaminantes em soluções a granel e recipientes, mas não se trata de uma substância ativa da antissepsia das mãos.

O Peróxido de Hidrogênio concede um aspecto crucial à segurança; no entanto, o uso de 3 a 6% na produção pode gerar danos em razão de sua natureza corrosiva e pela difícil compra em alguns países.

Glicerol e outros umectantes e emolientes

O glicerol é adicionado como umectante para com a função de tornar o uso do produto mais aceitável. Os umectantes e emolientes podem ser usados para oferecer cuidado com a pele. No entanto, precisam se misturar em água e álcool, ser atóxicos e hipoalergênicos.

Água adequada

A água deve ser destilada e estéril.

Adição de outros aditivos

É altamente recomendável que nenhum outro ingrediente além dos especificados seja adicionado às formulações.

No caso de qualquer acréscimo, deve ser fornecida uma justificativa completa, sua compatibilidade com os outros ingredientes e todos os detalhes relevantes devem ser indicados no rótulo do produto.

Gelificantes

Os gelificantes são substâncias com função espessante, capazes de formar a textura em gel.

Por isso, não são indicados nas formulações líquidas, pois podem aumentar as dificuldades e os custos de produção, além de comprometer a eficácia antimicrobiana.

Perfumes

A adição de fragrâncias não é recomendada em razão do risco de reações alérgicas na pele.

Por que adquirir álcool gel antisséptico com registro na Anvisa?

Para garantir um produto sanitizante de qualidade, seguro e que esteja de acordo com as características para uso em ambientes hospitalares e empresariais, é crucial adquirir um álcool em gel 70 que tenha registro na Anvisa.

Os produtos certificados passaram por testes importantes e, portanto, podem ser comercializados com a finalidade de oferecer assepsia e proteção competentes aos usuários.

Investir em um álcool gel que não esteja em consenso com as normas de fabricação é arriscar a saúde e a vida das pessoas.

A nota técnica da Anvisa, que aborda as “Orientações Gerais para Higiene das Mãos”, esclarece as bases para o alcance de um produto de qualidade que seja capaz de proporcionar uma melhor adesão ao uso habitual do álcool em gel 70 para higienização das mãos.

Segundo o texto da Anvisa, a concentração final da preparação alcoólica para assepsia das mãos, nos serviços de saúde, deve cumprir com o estabelecido na RDC n° 42/2010, ou seja, entre 60% a 80% no caso de preparações sob a forma líquida.

Já nas preparações sob as formas gel e espuma a concentração final mínima deve ser de 70%. Além disso, as formulações finais do álcool em gel devem apresentar valores de pH entre cinco e sete e viscosidade superior a 8.000 mPa⋅s.

A produção de álcool em gel 70 carece da presença de um químico responsável, que será encarregado de supervisionar o processo de fabricação e de atestar a qualidade e adequação do procedimento, com o objetivo de atender aos critérios de qualidade exigidos pela Anvisa.

Dessa forma, as lojas e distribuidoras de material de limpeza e higiene devem comercializar apenas produtos certificados pelo órgão oficial, com um responsável técnico, oferecendo assim segurança e eficácia aos clientes.

O que significam as porcentagens e escalas no álcool gel antisséptico e líquido?

Como informamos acima, a porcentagem citada nas embalagens do álcool em gel 70 mostra a quantidade de solução alcóolica em relação à quantidade de água naquele composto.

De acordo com a Nota Técnica Nº01/2018 da Anvisa, a concentração final da preparação alcoólica para assepsia das mãos deve ter entre 60% a 80% no caso de preparações sob a forma líquida e concentração final mínima de 70%, no caso de preparações sob as formas gel, espuma e outras.

Mas há sempre uma dúvida sobre o que significam os símbolos, as unidades e escalas apresentadas nos produtos antissépticos. Vamos esclarecer a seguir.

O que é INPM?

INPM é a unidade que se refere à porcentagem em massa (m/m), ou seja, corresponde à massa de etanol puro em 100 g de mistura hidroalcoólica.

Assim, o álcool 70, eficiente no combate ao Coronavírus, contém, para cada 100 gramas desta solução, 70 gramas de etanol.

Trata-se de uma solução de etanol 70 °INPM ou 70% em massa. A unidade é conhecida como grau INPM do Instituto Nacional de Pesos e Medidas.

O que é ºGL (“Gay-Lussac”) ?

O termo ºGL, sigla de “Gay-Lussac”,  é um termo que se refere à porcentagem em volume (v/v), ou seja, o volume de etanol puro em 100 mL de mistura aquosa.

Neste caso, o álcool 70” (70° INPM) deveria ser chamado de “álcool 77”, pois, na prática, significa que uma solução 77 °GL contém 77 partes de etanol para cada 100 partes em volume da solução.

Quando se muda a unidade de medida – volume e massa -, há uma pequena alteração em razão da contração de volume causada pela interação química entre etanol e água e também por conta da diferença de densidade entre os dois líquidos envolvidos.

Por isso, a porcentagem em volume recomendada para o álcool líquido ou em gel para ser usado como antisséptico é de 77% (v/v) ou 77 ºGL. Já quando a porcentagem está em INPM (ou m/m), o recomendado é de 70%.

Portanto, é preciso saber que há uma importante diferença no título (porcentagem) em massa ou volume que deve ser observada na hora da compra do álcool em gel.

Qual a importância do uso do álcool antisséptico para saúde?

alcool gel

Clique na imagem e conheça as opções de álcool comercializadas pela hygibras.

As mãos são os principais veículos de transmissão de doenças. Estão em contato o tempo todo com nosso corpo, com os objetos, utensílios e resíduos do ambiente e, consequentemente, como germes, vírus e bactérias.

As mãos são, frequentemente, levadas aos olhos, à boca, ao nariz, conduzindo os microrganismos e agentes patológicos de forma direta e indireta para nosso organismo.

A primeira evidência científica sobre a importância da higienização das mãos aconteceu no século XIX, quando Semmelweis instituiu o uso da solução clorada após os procedimentos de necropsias e antes dos atendimentos de partos, reduzindo assim as taxas de infecções puerperais.

Ao longo do tempo, muitas outras evidências científicas são capazes de comprovar que a higienização das mãos trata-se de uma medida de prevenção e controle de infecções, inclusive a hospitalar.

Pesquisa realizada pelo Centro Universitário de Santo Agostinho, em Teresina, no Piauí, avaliou a eficácia de antissépticos nas mãos dos profissionais de saúde. Para o estudo, foram coletadas impressões dos polegares, em placa de petri, antes e após a higienização.

Os resultados foram de superioridade da clorexidina com 100% na redução de UFCs (Unidades Formadoras de Colônias) de microrganismos, seguida de álcool gel, com 93,80%, de álcool a 70%, com 80,99%, e por fim, água e sabão triclosan com 70,59%.

Um outro estudo, do Centro Universitário Lusíada, coletou amostras de bactérias das mãos antes de utilizar o álcool gel e após o uso do produto. O resultado da cultura com higienização com álcool gel foi satisfatório e foi possível verificar que o antisséptico foi efetivo em 100 % da amostra, eliminando praticamente todas as bactérias do meio.

Já no caso das mãos sem higienização com álcool em gel, foi possível verificar a presença de bactérias do tipo gram positiva, Staphylococcus sp e Streptococcus sp.

O uso do álcool em gel antisséptico e a lavagem mais frequente das mãos, durante o surto de gripe A (H1N1), quando houve campanha e incentivo para essas ações, fez cai­r o número de casos de outras doenças, como conjuntivite e gripe comum.

Assim, a higiene das mãos  é algo tão vital que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu o dia 5 de maio como o Dia Mundial de Higienização das Mãos.

A data é para marcar e incentivar atividades de conscientização de profissionais de saúde, governo e administradores hospitalares sobre a importância da higienização das mãos.

Em quais ambientes há obrigatoriedade do álcool gel 70%?

Hospitais, clínicas, laboratórios e outros serviços de saúde de todo o País são obrigados a dispor de preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos, desde 2010, de acordo com resolução de nº 42, do Ministério da Saúde.

No entanto, com a pandemia do Coronavírus, a obrigatoriedade da instalação de dispensadores de álcool em gel 70 passou a valer para mercados, bares, restaurantes, lanchonetes e centros comerciais.

Dessa maneira, o álcool em gel 70 entrou para ficar e saltou dos ambientes hospitalares para as empresas e comércios, tornando se um dos aliados mais fortes na prevenção e contenção da Covid-19.

Quais os tipos de álcool em gel?

alcool gel 70

álcool em gel 70% antisséptico 500 ml

O álcool gel 70 antisséptico 500 ml é prático e pode realizar a antissepsia eficiente das mãos em apenas 10 segundos, se o produto for assim formulado como é o caso do álcool gel 70 antisséptico 500ml da Opticare®.

Formulado com efeito biocida, o produto atua contra um amplo espectro de bactérias gram-positivas, gram-negativas e vírus e mostra eficiência no controle da proliferação dos germes.

Para o uso do álcool gel 500 ml, há possibilidade de colocá-lo em um suporte para fixação do frasco, o que facilita o acesso ao antisséptico e aumenta a adesão dos profissionais.

álcool em espuma

Dispor de um produto que seja suave e eficaz e que não agrida a pele é fundamental para que a higienização das mãos ocorra com a frequência necessária. Assim, o álcool gel na versão espuma oferece esse cuidado enquanto protege.

O produto realiza a antissepsia eficiente das mãos em 10 segundos, ao mesmo tempo em que garante maior suavidade à pele. Possui ativos que com propriedades antioxidantes e hidratantes, que mantém a pele íntegra e saudável e não tem necessidade de enxágue.

álcool gel hidratante

Para garantir ainda mais o cuidado com a pele e evitar seu ressecamento, há a possibilidade de optar por um álcool gel 70% hidratante, que tenha em sua composição agentes como D-Pantenol, Glicerina e Vitamina E.

A escolha de um produto com ação hidratante deixa uma sensação mais agradável na pele e evita o aparecimento de outros problemas como dermatites e feridas.

Por fim, importante destacar que, geralmente, a maior qualidade do álcool em gel 70 está relacionada à maior quantidade de hidratantes.

Qual a diferença entre o álcool gel antisséptico 70% líquido e em gel?

 O álcool etílico ou etanol 70% (p/p) ou 77ºGL possui a mesma concentração de etanol e, por isso, a mesma ação antisséptica sobre microrganismos, como vírus e bactérias.

No mas, quando exposto na formulação em gel, o produto possui ação mais prolongada, agindo por mais tempo na superfície na qual foi aplicado.

O álcool em gel é também menos agressivo à pele quando comparado à formulação líquida.

Assim, o álcool líquido é destinado especialmente para antissepsia de superfícies e a formulação gel para antissepsia das mãos e antebraços.

Veja só as possibilidades de apresentação e finalidade do álcool antisséptico:

álcool 70% líquido e em gel

Gel: maior eficácia na higienização das mãos, já que é menos volátil (demora mais para evaporar) e permanece mais tempo em contato com a pele, o que propicia melhor efeito do álcool sobre os microrganismos;

Líquido: usado para desinfecção de superfícies, de acordo com as recomendações do fabricante para sua aplicação e exposição.

álcool em gel como produto de higiene pessoal

Registrado como antisséptico, tem finalidade de higienização das mãos, mas não substitui a lavagem das mãos com água e sabão. Não deve ser indicado para desinfecção das mãos.

álcool em gel como medicamento

Considerado medicamento farmacêutico, há necessidade de notificação na Anvisa e é usado também como antisséptico de mãos. Na embalagem, devem constar as indicações: uso externo; aplicar diretamente no local afetado, previamente limpo, com auxílio de algodão ou gaze.

álcool em gel como produto saneante domissanitário

Usado como saneante para limpeza geral em superfícies, como piso, paredes, bancadas e similares. A concentração mínima deve ser de 70% p/p. Nessa apresentação, não é indicado para a higienização das mãos.

Como é o uso do álcool gel antisséptico nos centros cirúrgicos?

 O uso do álcool em gel antisséptico, antes de ganhar lugar cativo em todos os espaços de convivência, já era presença nos serviços de saúde, como vimos.

Sua eficácia no controle de contaminações em Centros Cirúrgicos pode ser comprovada em muitos estudos.

Um deles foi feito pela Universidade Federal de Uberlândia que apontou diferenças nas contaminações por Staphylococcus spp. e S. aures das mãos dos profissionais investigados ao longo da pesquisa.

Por meio dela, foi possível verificar predominância desses microrganismos nos Centros Cirúrgicos e UTIs adultos e de neonatos, nos quais não foi disponibilizado o uso de álcool em gel antisséptico.

A questão do uso do álcool em gel em Centro Cirúrgicos e nos momentos pré-cirúrgicos foi abordada pelo enfermeiro e responsável técnico pela linha de produtos para hospitais da Higiclear, Fábio Leite, em um artigo que cita que as Infecções do Sítio Cirúrgico (ISC) são a maior causa de morbi-mortalidade pós-operatória e representam grandes gastos para os hospitais.

Embora tenham causa multifatorial, estudos relacionam as infecções às falhas na antissepsia cirúrgica das mãos da equipe cirúrgica.

O artigo fala também que a efetividade da assepsia pré-cirúrgica das mãos depende do cumprimento de requisitos, como a seleção do antisséptico adequado, a não utilização de acessórios, os cuidados com as unhas, a limpeza do leito e a pré-higienização das mãos.

No entanto, o texto revela que, apesar da notável importância da assepsia pré-cirúrgica das mãos, estudos mostram que a adesão por parte da equipe médica varia de 16% a 81%, o que favorece a transmissão cruzada de infecções.

Assim, o artigo reforça que as preparações alcoólicas têm sido recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), nas concentrações entre 60 e 80%, e pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC), dos Estados Unidos, nas concentrações entre 60 e 95%, como produto para higienização das mãos.

Em suma, o uso do álcool antisséptico é indicado pela eficácia antimicrobiana, facilidade de aplicação, menor dano à pele e economia de tempo.

O diferencial do álcool em relação aos outros antissépticos está na rápida velocidade de ação e na excelente atividade antimicrobiana contra bactérias Gram-positivas, Gram-negativas, fungos e vírus.

Como usar e armazenar corretamente o álcool gel antisséptico?

Para que suas propriedades químicas e sua eficácia no combate aos vírus e bactérias sejam mantidas, o álcool em gel 70% deve ser armazenado corretamente.

Dessa forma, deve-se:

  • evitar que fique exposto à luz solar;
  • não deixar o álcool em gel aberto;
  • manter longe de fontes de calor;
  • prestar atenção ao prazo de validade;
  • evitar comprar em locais de procedência desconhecida.
  • No momento do uso, deve-se:
  • aplicar o álcool em gel em quantidade suficiente para cobrir toda superfície das mãos
  • somente espalhar e não esfregar nas mãos
  • deixar secar naturalmente
  • não assoprar, nem usar toalhas de papel (o álcool precisa desse tempo para agir contra os microrganismos).

Sabão ou álcool gel para higienização das mãos?

Limpar as mãos com água e sabão é vantajoso e elimina sujidades, microrganismos e resíduos orgânicos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece o ato como um dos principais instrumentos contra epidemias, como a do Coronavírus.

De acordo com a OMS, o hábito pode reduzir em até 40% a contaminação por vírus e bactérias que causam males como viroses, gripes e conjuntivites.

Estudos mostram que a utilização de água e sabão reduz a concentração microbiana presente nas mãos e, na maioria das vezes, é capaz de interromper a cadeia de transmissão de doenças.

No entanto, a aplicação de produtos antissépticos, em especial de agentes com base alcoólica, é capaz de reduzir ainda mais os riscos de transmissão.

O fenômeno se dá por dois motivos: pela intensificação da redução microbiana – um fator característico do álcool é de possuir excelente atividade bactericida -, e pelos produtos antissépticos favorecerem o aumento na frequência de higienização das mãos, em razão da praticidade não necessita de pia e tem evaporação rápida.

Vale ressaltar, no entanto, que a lavagem das mãos é sempre recomendada quando há disponibilidade de pia e elas estão visivelmente sujas.

A seguir assista um video que ensina o processo correto para higienização das mãos.

Como facilitar e incentivar o uso do álcool ?

A higiene das mãos é, comprovadamente, uma das ações mais eficazes na prevenção de doenças e na redução de risco de infecções em ambientes hospitalares. Um ato que salva vidas e protege a saúde de todos.

No entanto, o hábito de lavar as mãos e higienizá-las é baixo, até mesmo entre profissionais de saúde. Uma pesquisa realizada pela Anvisa mostrou que somente 1/3 dos hospitais do Brasil têm uma adesão à higiene acima de 70%.

Em 2010, a Anvisa publicou a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n° 42, que fala da obrigatoriedade de disponibilização de preparação alcoólica para  a higiene das mãos nos serviços de saúde.

Para incentivar e facilitar a assepsia das mãos, o álcool em gel 70 disponível em dispensadores é uma solução prática e eficaz. Os equipamentos permitem facilidade na reposição do produto, conveniência no acesso e, em razão do funcionamento do dispensador, é possível prevenir a contaminação do produto.

Mas é preciso ficar atento ao funcionamento correto do dosador, pois caso ele esteja bloqueado, por conta da viscosidade do álcool gel antisséptico, ou dispensando inadequadamente o produto nas mãos, seu uso pode ser desencorajado.

Ainda de acordo com Resolução da Anvisa, para os dispensadores de parede, devem ser utilizados refis em embalagens descartáveis contendo preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos.

Os dispensadores de álcool em gel antisséptico podem ser manuais ou automáticos, na versão touch-free, e há ainda os totens.

No entanto, mais do que a tecnologia oferecida, o que fará, realmente, a diferença na adesão da assepsia das mãos será a qualidade do álcool gel ali disponibilizado.

Portanto, investir em um antisséptico de qualidade, é fundamental para que a higiene das mãos seja feita com maior regularidade e aceitação.

Veja a seguir alguns dos principais pontos a considerar na hora da compra:

Como escolher álcool em gel 70% antisséptico?

Para escolher você precisa primeiro checar se o álcool gel tem registro na Anvisa, depois optar por um produto com boa tolerância cutânea, para evitar o aparecimento de dermatites. Escolha fórmulas com emolientes, como o glicerol, que evitam o ressecamento da pele em longo prazo e prefira os produtos sem fragrância, utilize álcoois transparentes ou incolores.

Observe o tipo de dispenser de álcool gel ou espuma o aparelho deve liberar uma quantidade condizente do produto com os laudos de comprovação de eliminação das bactérias, escolha sempre os produtos com secagem rápida e observe a presença de desnaturante na fórmula. A substância oferece um sabor amargo ao álcool gel antisséptico e evita a ingestão acidental por crianças e pesquise por estudos desenvolvidos pelos fabricantes que possam trazer algum diferencial para sua escolha.

Hygibras: Propósito, qualidade e economia

A Hygibras é como uma loja de produtos de limpeza, só que melhor, pois vamos até sua empresa e conhecemos suas necessidades dentro do seu ambiente. Nós somos especializados em oferecer soluções que melhoram as condições de trabalho, saúde e bem-estar dos profissionais e clientes dos ambientes empresariais, sempre aliados a uma boa economia.

Com mais de 24 anos de experiência, nossos materiais de limpeza promovem a saúde nos mais variados segmentos empresariais. Através de produtos de higiene pessoal e limpeza profissional, em todo o estado de São Paulo, em cerca de 500 cidades.

Atendemos mais de 4000 clientes e os ajudamos a reduzir suas despesas, melhorar a qualidade dos produtos utilizados, assim como a qualidade de vida dos profissionais. Além disso, somos reconhecidos pela expressividade em nosso mercado, transparência, comprometimento, satisfação e alto nível de qualidade de serviços.

Então, para saber mais da Hygibras e conhecer suas soluções em limpeza profissional, acesse o site.

Fontes:

Fiocruz

Conselho Federal de Química

Agência Brasil

Anvisa

Brasil Escola

Even3 Publicações

Universidade Federal do Paraná

Revista UNILUS Ensino e Pesquisa

Jornal da USP

Faculdade Delta

Ministério da Saúde

Nota técnica Anvisa

Prefeitura de Ribeirão Preto

Câmara dos Deputados

Universidade Federal de Uberlândia

Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS)

 

 

 

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terça-feira, 2 de março de 2021

O que é pH e qual sua importância na limpeza?

O que é pH?

Para começar, precisamos saber o que é o pH e para que ele serve. O termo refere-se ao potencial hidrogeniônico de uma solução. Isso quer dizer que o pH é sobre a concentração de íons de hidrogênio (H+) em um composto. De acordo com essa concentração, podemos saber se trata-se de uma solução ácida, neutra ou alcalina. O nível de pH é representado por uma escala que vai de 0 a 14. A régua mede a acidez e a basicidade de um composto. Dessa maneira, o pH 7 representa uma solução neutra, como a água pura, por exemplo. Quando o pH é menor que 7, temos as consideradas soluções ácidas (pH ácido). Já os números de pH maiores que 7 correspondem às soluções básicas (pH alcalino).

Veja abaixo a escala do ph

o que é ph

Você sabe o que é pH? E para que serve o pH no dia dia?

O processo de limpeza é a combinação entre a ação mecânica e reação química. Para cada superfície, tipo de sujidade, etapa do procedimento de higienização, existe um produto específico.

Então saber o que é o pH nas soluções, para que serve o ph, como age e qual tipo é indicado para cada resíduo é fundamental para ter melhores resultados nas ações de limpeza do seu estabelecimento ou residência.

Para esclarecer as dúvidas sobre o pH nos produtos de limpeza e saber sobre sua importância nos procedimentos sanitários, nós preparamos este artigo que conta ainda com entrevista de Cecílio Antônio Neto, diretor industrial da Oleak, fabricante de produtos para higiene e limpeza profissionais.

Afinal, todos nós já ouvimos falar sobre esse termo mas, na maioria das vezes, não sabemos para que serve o ph e onde ele se encaixa. Qual o motivo de ser tão importante? Se você ainda não sabe do assunto, fique com a gente e acompanhe nosso artigo. Se desejar você pode navegar entre os tópicos!

Para que serve o pH nos processos de limpeza e desinfecção?

O pH dos produtos de limpeza tem importante papel nas ações de remoção de sujeira e desinfecção. Este fato acontece porque cada tipo de pH básico, neutro ou alcalino é eficaz contra um tipo de sujidade.

Como neste exemplo a seguir:

Os detergentes alcalinos têm melhor eficiência na remoção de resíduos à base de gordura, proteínas animais, frituras, molhos, óleos, graxas e etc. Aqui, podemos citar o alcalino – Kitch Care Desincrustante e os desengraxantes e detergentes alcalinos Synd 250.

Já por outro lado, os resíduos à base de minerais e sujeiras causadas no pós-obra pedem um composto ácido. O detergente ácido tem pH entre 0 e 7 e é indicado para limpeza de ferrugem, sangue, cimento, terra e etc. Para estes casos, temos o limpador Shock WC.

Os detergentes neutros, mais populares e conhecidos no mercado, são recomendados para  limpeza do dia a dia e é ideal para remoção de sujidades como pó e poeira. Trata-se de uma limpeza mais leve.

Por isso, dizer que o detergente é neutro nem sempre é uma boa propaganda. É necessário saber o que você precisa e qual sua necessidade específica para então saber qual  o pH mais indicado.

Sanitizantes

No uso de hipoclorito para desinfecção, em atividades rotineiras, as superfícies devem estar o mais livre possível de materiais orgânicos e o pH mantido entre 5 e 7. Com isso é possível garantir que a maior quantidade de ácido hipocloroso esteja disponível para a ação de combate aos microrganismos.

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Portanto, para que serve o ph dos produtos de limpeza?

O produto alcalino tem a função de remover sujidades pesadas orgânicas, como óleos, gorduras, sangue, etc;

Já, por outro lado, o produto neutro remove sujidades orgânicas como óleos, poeira, fuligens, gorduras;

Os produtos ácidos removem sujidades com base mineral, como ferrugens, mofos, bolores, cimento, gesso e calcário.

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Para que serve o PH na limpeza das superfícies?

Após conhecer as indicações de pH para cada tipo de sujidade e sua importância para os processos de limpeza e higienização, é muito importante destacar que, antes de aplicar um produto, é preciso ler as orientações de uso e saber se ele pode ser usadoem determinada superfície.

Veja este exemplo a seguir:

Não deve ser aplicado um produto ácido ou muito alcalino em pisos mais delicados como porcelanato esmaltado, polido e madeira. As substâncias podem queimar a superfície do piso.

Outra questão que merece atenção são os detergentes com cloro que devem ser evitados em superfícies como granito, mármore e pisos coloridos.

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A seguir vamos acompanhar a entrevista sobre para que serve o pH nos processos de limpeza

Para saber mais sobre para que serve o pH e a importância nos produtos de limpeza, sua observação no uso e suas ações contra as sujidades e desinfecções, confira a entrevista concedida pelo diretor industrial da Oleak, Cecílio Antônio Neto.

  1. Para que serve o ph e qual a sua função nos produtos de limpeza e higienização?

O pH é uma das principais características empregadas na definição do produto a ser utilizado na limpeza e higienização de um substrato, já que as substâncias que caracterizam uma sujidade podem reagir ou mesmo apresentarem maior ou menor afinidade com a água, dependendo do potencial Hidrogeniônico.

Este potencial é que vai indicar a acidez, neutralidade ou alcalinidade de um meio qualquer.

Quanto menor o pH de uma substância, maior a concentração de íons H+ e menor a concentração de íons OH.

  1. Existe um pH indicado para cada tipo de sujidade?

Como explicado acima, existem substâncias presentes em maior proporção nas sujidades, que apresentam comportamento diferente dependendo do pH.

Por exemplo, os limpadores alcalinos são normalmente indicados quando a sujidade apresenta alta concentração de óleos e gorduras, visto que estes reagem quimicamente com os radicais OH- presentes nos alcalinos, formando sabões que são mais facilmente solubilizados na água, utilizada como veículo.

Já os limpadores ácidos são indicados na limpeza de sujidades com concentrações elevadas de substâncias minerais uma vez que, normalmente, estas têm característica alcalina que reagem com o radical H+ presente nos ácidos, provocando sua solubilização na água.

  1. Há necessidade de realizar rotação de pH na limpeza da mesma superfície?

A menos que a limpeza envolva alguma atividade antimicrobiana, não há necessidade de rotacionar o produto em função do pH.

  1. Por que, geralmente, se destaca o fato de detergente ser neutro, por exemplo, e não há tanta “propaganda” quando se trata de um produto alcalino?

Porque, culturalmente, o conceito de neutro está fortemente ligado a uma menor agressividade do produto ao usuário e, também, ao substrato a ser limpo.

Por outro lado, quando é do conhecimento da pessoa que efetuará a limpeza a dificuldade de remoção de determinada sujeira, esta procura o auxílio de produtos definidos como “fortes”, sejam alcalinos ou ácidos.

  1. Conhecer o pH do produto utilizado gera quais resultados nos procedimentos de limpeza? Economia de produto, redução de tempo?

Com certeza o conhecimento do produto (entenda-se pH e outras características e ativos presentes) e da sujidade a ser removida são princípios fundamentais na definição dos procedimentos de limpeza para otimização dos resultados, visando economia de tempo, produto e trabalho.

  1. Os produtos de limpeza, dependendo do pH, exigem manuseio ou aplicações diferentes? Por exemplo, somente limpeza úmida com pH neutro? 

Normalmente, os produtos de limpeza, que se valem do pH como característica principal para remoção de sujidade, são destinados à aplicações específicas e devem ser manipulados de forma cuidadosa obedecendo às indicações de uso expressas na rotulagem ou na ficha técnica.

É preciso, inclusive, observar no que se refere a diluição, forma de emprego, necessidade do uso de EPIs, etc.

  1. Onde pode-se encontrar a indicação do pH de um produto de limpeza? No rótulo? E qual parte?

A indicação do pH está presente na rotulagem, na ficha técnica (FT) do produto e na ficha de segurança (FISPQ) e, dependendo da sua intensidade, pode ser obrigatória nessas peças através de descrição ou simbologia de modo a prevenir a ocorrência de acidentes.

  1. A formulação do produto de limpeza diz algo sobre o pH dele? É possível ter certeza da indicação de pH, conferindo quais substâncias fazem parte do composto químico? 

Não obrigatoriamente. Por exemplo, um produto pode ter na sua composição um componente ácido e um componente alcalino, em concentrações tais que reagem formando uma terceira substância de característica neutra.

De outra forma, se uma dessas substâncias está em concentração acima da necessária ao equilíbrio, o produto final terá a característica da substância introduzida em excesso.

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Conclusão

Neste artigo nos aprofundamos nos conhecimentos sobre o pH, que possui um papel fundamental na composição química dos produtos utilizados para os processos de limpeza e, com isso, acaba sendo muito importante.

Devemos sempre ficar atentos no nível em que ele se encontra na escala para, desse modo, tirar o maior proveito dos produtos utilizados. Porém, se faz necessário saber para que o pH é utilizado e, além disso, tomar conhecimento das superfícies ou dos artigos que serão limpos para então remover os resíduos com maior facilidade e não comprometer a integridade dos mesmos.

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Propósito, qualidade e economia

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Fontes:

Toda Matéria

Food Safety Brazil

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