quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Casa Limpa – Conheça 27 mitos e verdades

Quando fazemos uma pesquisa rápida sobre limpeza encontramos muitas receitas infalíveis que prometem deixar a casa limpa. O problema é saber o que é verdade de fato e o que é mito. É muito importante saber distinguir as afirmações falsas daquelas que realmente funcionam e são eficazes nos processos de limpeza, essas informações podem até evitar acidentes, e com isso você poderá evitar prejuízos.

O processo de escolha de produtos de limpeza necessita de cuidado, atenção e discernimento entre o que é seguro e o que funciona. Pensando nisso, para ajudar a esclarecer os mitos e apresentar as verdades sobre como deixar a casa limpa, preparamos este artigo.

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Limpeza de casas e empresas

Existem diversos mitos e verdades sobre limpeza, alguns deles podem até colocar sua saúde em risco.

       

Conceito de verdade

Inicialmente precisamos definir o que é o conceito de verdade. Segundo o dicionário, entre as afirmações possíveis sobre verdade, encontramos:

substantivo feminino

1.
propriedade de estar conforme com os fatos ou a realidade.
“a v. de uma afirmação”

2.
por extensão
coisa, fato ou evento real.

Existente também o conceito de verdade que vem do pensamento filosófico e dos pensadores como Platão e Aristóteles.

De acordo com eles, a verdade estaria na “exata correspondência” entre aquilo que é dito com a realidade que a afirmação provoca.

Especificamente para Aristóteles, a busca da verdade passa por quatro degraus fundamentais:

Dúvida – quando o conhecimento é tido como possível, mas as razões para afirmar ou negar alguma coisa estão em equilíbrio.

Opinião – quando a pessoa julga ter um conhecimento provável em relação ao objeto. O indivíduo afirma conhecer, mas tem ainda receio de se enganar.

Ignorância – estado de completa “ausência de conhecimento” por parte do sujeito em relação ao objeto. Para ele, ignorar é desconhecer.

Certeza – aqui há plena firmeza do conhecimento em relação ao objeto. O conhecimento aparece, então, como algo evidente.

Com base nesses conceitos de verdade, podemos ver que é preciso estar aberto para chegar ao conhecimento que, de fato, é existente e real.

 

Conceito de mito?

Chegou a hora de conhecer o conceito de mito, a palavra mito está relacionada às narrativas fantásticas, ficcionais, criadas com o objetivo de explicar a origem das coisas e do que é importante para determinado povo.

A chamada mitologia vem da união de todas essas narrativas, como a mitologia grega, por exemplo. Porém nos dias de hoje, a palavra mito pode trazer o significado de falso e de mentira. Portanto, existe essa diferença entre “verdade e mito”, baseado no enredo fantástico das histórias míticas e a ausência de uma coerência com a realidade, aquela realidade citada pelos filósofos que citamos acima.

Vamos agora as verdades e os mitos que listamos para você

27 mitos e verdades sobre limpeza 

Agora que nós ja vimos os conceitos, vamos saber o que funciona e o que não funciona quando falamos em casa limpa.

Como foi visto, é importante que possamos estar abertos e dispostos a aprender cada vez mais. Agora veja a seguir os nossos esclarecimentos que podem te ajudar a realizar melhor os processos de limpeza.

1 Misturar água sanitária e sabão em pó é eficaz

Mito. Está é uma mistura muito utilizada e altamente perigosa. Nós da Hygibras temos um artigo que fala dos perigos da água sanitária, o leitor pode conferir que ao realizar essa mistura, libera-se um perigoso gás de cloro.

Portanto esse gás, sendo aspirado frequentemente, causa muitos males.

2 Álcool líquido ou Gel podem ser desinfetantes

Isso pode ser tanto verdade como mito, dependendo da concentração do álcool e do modo como o procedimento é realizado.

Sendo assim, caso não seja respeitada a concentração de 70%, para superfícies, e caso o procedimento não seja realizado de forma correta, no caso das superfícies passando-se vigorosamente por 30 segundos, o álcool não entregará o que promete e não será um poderoso desinfetante!

Em relação a assepsia das mãos, ele também tem a necessidade, para agir como desinfetante, de concentração adequada e de procedimento correto, como mencionado nesse artigo sobre álcool gel

3 Limão e vinagre limpam tudo

Temos aqui mais um mito. Limão e vinagre são substâncias ácidas, que podem atuar na limpeza de sujeiras com características alcalinas, através do mecanismo de reação ácido/base, sendo muito pouco eficazes contra quaisquer outros tipos de sujeira.

Sendo assim, será muito mais simples optar por um produto de limpeza profissional do que arriscar!

4 Bicarbonato de sódio é um poderoso tira-manchas

Depende, o bicarbonato de sódio, usado de maneira isolada, pode ter ação abrasiva que auxilia na remoção de sujeiras aderidas, basicamente em função da ação mecânica.

Porém em caso de mistura com outras substâncias, pode agir de forma química e não indicada através da liberação de CO2. Nós da Hygibras sugerimos seguir as orientações dos fabricantes, caso exista a indicação de adicionar o bicarbonato em algum produto de limpeza.

Caso não haja, não realize nenhuma mistura com o bicarbonato de sódio.

5 Limpar espelhos e vidros com jornal 

Aqui está mais um mito. Alguns locais usam esse processo para deixar a casa limpa, e inicialmente isso pode gerar algum resultado, no entanto a prática regular de se esfregar jornal em vidros e espelhos não é indicada.

Esse processo pode estragas os vidros, porem surgir riscos, por causa do atrito gerado, além do escurecimento resultante da deposição da tinta de impressão.

6 Mármores e granitos podem receber qualquer produto de limpeza

Mito. Os mármores são pedras muito resistentes, duráveis e muito elegantes, porém eles podem ser danificados pelo uso frequente ou eventual de produtos químicos de limpeza ácidos ou alcalinos.

Os próprios fabricantes indicam sempre produtos neutros para realizar a limpeza.

7 Existem produtos de limpeza que eliminam bactérias

Verdade. Desinfetantes, tem o poder de eliminar bactérias. Porém sempre deve ser respeitado o modo de usar de cada produto, com seu tempo de ação e diluição adequada.

Detergentes neutros podem remover bactérias, cerca de 80% das bactérias podem ser eliminadas das superfícies quando são adequadamente usados. Para efeito de comparação, desinfetantes eliminam até 99,99%

8 Apenas mops são necessários para deixar a casa limpa

Trata-se de um mito. Os mops, que estão muito na moda, tanto do tipo seco como do tipo úmido, podem limpar quase todos os tipos de superfícies, mas é importante saber que apenas as ferramentas de limpeza não bastam para ter uma limpeza completa.

Para um processo de limpeza completo também é necessário adicionar produtos de limpeza como detergentes, desinfetantes, entre outros tipos, para alcançar um bom nível de limpeza.

limpeza profissional

Além dos mops, para um processo completo de limpeza também são necessários produtos de limpeza profissionais

9 Produtos de limpeza utilizados corretamente economizam água e energia

Verdade. Ainda mais quando são seguidos os processos de limpeza profissionais, a economia é garantida. A Hygibras tem estudos que mostram, em alguns procedimentos de limpeza, pode haver até 90% de redução de consumo de produtos desinfetantes e até 30% no tempo gasto na operação.

10 Produtos de limpeza podem ser misturados um com outro

Mais um mito de limpeza. Alguns tipos de mistura de produtos de limpeza podem causar reações químicas muito danosas para as pessoas que as utilizam.

11 Sabão em pó é ótimo para limpeza de pisos

Mito. É muito comum usar sabão em pó para limpeza de pisos de cozinhas e sanitários, o uso não é recomendado uma vez que o produto tem alto nível de espuma e resíduos.

Com isso, concluimos que a melhor limpeza pode ser alcançada com produtos melhores e que deixam o piso brilhando, sem os resíduos do sabão em pó que podem deixar o piso escorregadio e embaçado.

12 Produtos multiuso têm mil e uma utilidades 

Verdade. Todo o produto de limpeza profissional, que funciona como limpador geral ou em outra definição, como limpador multiuso, costuma ter imensas possibilidades de uso e tipos de sujeira a remover.

 13 Varrer o chão é etapa fundamental para deixar a casa limpa

Nem lá nem cá. O primeiro processo para alimpeza de pisos, tem como pratica ser mesmo a limpeza seca. Porém, a varrição levanta poeira e pode ser prejudicial para a saúde dos moradores, até mesmo transferindo parte da sujeira para outras superfícies.

Como opção existem ferramentas de limpeza, como o mop pó ou mop água, que podem fazer parte da limpeza ou até mesmo toda ela, de modo completo. Pensar que misturar produtos pode melhorar o resultado final da limpeza é um erro e as pessoas correm sérios riscos, tal como vistos no artigo que falamos sobre os riscos de misturar produtos de limpeza.

14 Álcool 96% é mais eficaz que álcool 70%

Mito. Algumas pessoas olham apenas para a concentração do produto porém o álcool 70%, é muito usado como desinfetante, possui a medida ideal de álcool para realizar a desinfecção.

Por sua vez o álcool 96% não atua como desinfetante, exatamente por sua alta concentração. Quando o assunto for limpeza, convido o leitor a conhecer o conteúdo desse artigo que trata sobre os motivos pelos quais não devemos usar álcool na limpeza.

15 Produtos de limpeza de cor clara são mais fracos que de cor escura

Mais um mito. Algumas pessoas podem achar que a cor pode ter alguma relação com a potência do produto de limpeza, mas a cor e seu tom têm conexão especial com os corantes utilizados nos produtos e não com o seu poder.

16 A viscosidade de um produto está relacionada ao seu poder de ação

Mito. A viscosidade não está associada com a maior concentração de ingredientes ativos do produto e, consequentemente, ao maior poder de ação dele. Esse tipo de pensamento é um grande erro.

É possível conferir as viscosidades às soluções aquosas sem o emprego de ativos de limpeza. A necessidade real de ter uma maior viscosidade nos produtos de limpeza está mais relacionada à forma de uso, em superfícies verticais, a viscosidade do produto de limpeza pode ser necessária, de modo a permitir maior tempo de contato do produto com a superfície.

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17 Produtos com vinagre limpam e evitam a formação de mofo

Mito.  O vinagre é uma solução aquosa com aproximadamente 7% de ácido acético, ele pode ter ação antimicrobiana sobre fungos entre outros microrganismos. O seu uso pode ser prejudicial tanto para a superfície que está sendo limpa, por seu caráter ácido, quanto ao usuário pelo seu cheiro e irritabilidade quando aspergido.

Portanto a Hygibras não indica esse produto para ser utilizando em limpezas!

18 A limpeza cheira bem

É mito. Uma vez que um ambiente ou superfície recebe uma carga de desodorizador para perfumar o ambiente, esse local pode ficar com um ótimo cheiro sem nem sequer ter recebido limpeza e nem tão pouco uma desinfecção.

Sendo assim, imagine essa situação, e pense o quanto falsa é essa afirmação.

Existem ambientes que podem estar perfumados e aparentemente limpos, porém pode não ter sido desinfetados.

19 Pasta de dente e bicarbonato limpam muito bem os vidros

Mais um mito. Colocar pasta de dente e bicarbonato na limpeza de vidros pode provocar danos irreversíveis às superfícies, principalmente, pela perda de brilho e pelo surgimento de riscos em razão da elevada abrasividade resultante dessa mistura.

20 Desinfetar frutas e legumes com vinagre é uma boa opção

Não é bem assim. O volume que você precisa usar para alcançar o objetivo é alto e quase nunca é alcançado pelas pessoas. Nossa recomendação é a realização de limpeza mecânica, ou seja, uma lavagem das frutas e verduras com as mãos, uma a uma.

Na sequência, deve-se usar um produto baseado em cloro, como a água sanitária ou um produto profissional como o desinfetante de saladas kitch care clorado. Lembrando sempre de usa-lo na diluição recomendada pelo fabricante!

21 Quanto mais espuma o produto faz, maior sua concentração e seu poder de limpeza

Mito. Para muitas pessoas, a espuma está associada à maior concentração de ingredientes ativos do produto e,  consequentemente, ao maior poder de ação do mesmo. Esse pensamento é um grande engano. Espuma não é indicativa da concentração ou da capacidade de limpeza de um produto.

Existem tensoativos que provocam muita espuma em baixíssimas concentrações e, por outro lado, não deixam a casa limpa. Porém todossabem que, grandes volumes de espuma geram a necessidade de muitos enxágues e, consequentemente, aumento do uso de mão de obra, tempo e água no processo de limpeza.

22 Misturar detergente e desinfetante aumenta o poder de limpeza

Mito. As misturas de detergentes e desinfetantes, não aumentam o poder de limpeza, como os anulam mutuamente.

Detergentes são formulados em sua maior parte com tensoativos aniônicos (carga elétrica negativa (-)). Já os desinfetantes são formulados com tensoativos catiônicos (carga elétrica positiva (+)). Com isso mistura-los anula sua ação tanto pelo seu poder de limpeza quanto por sua capacidade de desinfetar.

23 Produtos à base de cloro danificam o estofado

Verdade. Todos os produtos à base de cloro, tem caráter alcalino, isto porque o hipoclorito de sódio é obtido passando-se um fluxo de cloro gasoso em uma solução concentrada de hidróxido de sódio (soda cáustica). Com isso, seu uso se torna contraindicado em materiais que possuem alguma oleosidade, como é o caso dos estofados, sejam naturais ou sintéticos. Existe também o risco de desbotar os tecidos com o uso de produtos clorados.

24 Usar borrifador para fazer a limpeza, economiza produtos

Sim, procede. Em nossos estudos práticos, observamos que existe a oportunidade de redução de até 90% no consumo de desinfetantes em limpezas dentro de ambientes exigentes, como o hospitalar, com uso de borrifadores.

25 Quanto mais produto de limpeza usamos, melhor o resultado da limpeza

Não se engane, é mito. A própria indicação dos fabricantes de produtos de limpeza é realizar a diluição adequada do produto.

Em nossa linha de comercialização, existem produtos, como o produto de limpeza Garra Multiuso, que atingem diluições altíssimas.

Para ter uma ideia, seriam possíveis até 300 litros de água para apenas 1 litro do produto para ter um bom limpador geral.

O uso em grandes quantidades de produtos de limpeza pode, inclusive, gerar problemas de resíduos. Estes podem deixar as superfícies opacas ou escorregadias, sem melhorar  em nada a limpeza.

26 Diluir em água reduz o efeito do produto químico de limpeza

Não é bem isso que acontece. De uma maneira geral, os produtos de limpeza químicos são preparados com água para seu uso. Porém, alguns produtos são comercializados de forma diferente, em formato pronto uso, especialmente para os ambientes domésticos, onde são mais utilizados.

Já nos ambientes profissionais, o uso de produtos concentrados é mais indicado e, como já dissemos acima, o uso sem diluição, às vezes, pode piorar o seu desempenho.

27 O tamanho do ambiente não influencia no tipo de limpeza e produto 

Mito. O uso de produtos de limpeza profissionais e concentrados é mais indicado que produtos pronto uso em ambientes grandes. Quando você optar por essa escolha, a qualidade da limpeza e desinfecção fica melhor e ainda é possível haver uma redução na despesa.

 

Portanto esses foram alguns dos mitos e verdades relacionados à casa limpa. Mais do que determinar entre certo e errado, é preciso ter conhecimento, moderação e fazer uso dos recursos e produtos de limpeza com responsabilidade.

Gostou do nosso artigo sobre casa limpa? Aproveite também e conheça nossos outros artigos!

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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

O que é pH e qual sua importância na limpeza?

O que é pH?

Para começar, precisamos saber o que é o pH e para que ele serve. O termo refere-se ao potencial hidrogeniônico de uma solução. Isso quer dizer que o pH é sobre a concentração de íons de hidrogênio (H+) em um composto. De acordo com essa concentração, podemos saber se trata-se de uma solução ácida, neutra ou alcalina. O nível de pH é representado por uma escala que vai de 0 a 14. A régua mede a acidez e a basicidade de um composto. Dessa maneira, o pH 7 representa uma solução neutra, como a água pura, por exemplo. Quando o pH é menor que 7, temos as consideradas soluções ácidas (pH ácido). Já os números de pH maiores que 7 correspondem às soluções básicas (pH alcalino).

Veja abaixo a escala do pH

o que é ph

Parâmetro de escala para produtos profissionais

Você sabe o que é pH? E para que serve o pH no dia dia?

O processo de limpeza é a combinação entre a ação mecânica e reação química. Para cada superfície, tipo de sujidade, etapa do procedimento de higienização, existe um produto específico.

Então saber o que é o pH nas soluções, para que serve o pH, como age e qual tipo é indicado para cada resíduo é fundamental para ter melhores resultados nas ações de limpeza do seu estabelecimento ou residência.

Para esclarecer as dúvidas sobre o pH nos produtos de limpeza e saber sobre sua importância nos procedimentos sanitários, nós preparamos este artigo que conta ainda com entrevista de Cecílio Antônio Neto, diretor industrial da Oleak, fabricante de produtos para higiene e limpeza profissionais.

Para que serve o pH nos processos de limpeza e desinfecção?

O pH dos produtos de limpeza tem importante papel nas ações de remoção de sujeira e desinfecção. Este fato acontece porque cada tipo de pH básico, neutro ou alcalino é eficaz contra um tipo de sujidade.

Como neste exemplo a seguir:

Os detergentes alcalinos têm melhor eficiência na remoção de resíduos à base de gordura, proteínas animais, frituras, molhos, óleos, graxas e etc.

Resíduos à base de minerais e sujeiras causadas no pós-obra pedem um composto ácido. O detergente ácido tem pH entre 0 e 7 e é indicado para limpeza de ferrugem, sangue, cimento, terra e etc.

Os detergentes neutros, mais populares e conhecidos no mercado, são recomendados para  limpeza do dia a dia e é ideal para remoção de sujidades como pó e poeira. Trata-se de uma limpeza mais leve.

Sanitizantes

No uso de hipoclorito para desinfecção, em atividades rotineiras, as superfícies devem estar o mais livre possível de materiais orgânicos e o pH mantido entre 5 e 7. Com isso é possível garantir que a maior quantidade de ácido hipocloroso esteja disponível para a ação de combate aos microrganismos.

Portanto, para que serve o pH dos produtos de limpeza?

O produto alcalino tem a função de remover sujidades pesadas orgânicas, como óleos, gorduras, sangue, etc;

Já, por outro lado, o produto neutro remove sujidades orgânicas como óleos, poeira, fuligens, gorduras;

Os produtos ácidos removem sujidades com base mineral, como ferrugens, mofos, bolores, cimento, gesso e calcário.

Para que serve o pH na limpeza das superfícies?

Após conhecer as indicações para cada tipo de sujidade e sua importância para os processos de limpeza e higienização, é muito importante destacar que, antes de aplicar um produto, é preciso ler as orientações de uso e saber se ele pode ser usado em determinada superfície.

Veja o exemplo a seguir:

Não deve ser aplicado um produto ácido ou muito alcalino em pisos mais delicados como: porcelanato esmaltado, polido e madeira. As substâncias podem queimar a superfície do piso.

Outra questão que merece atenção, são os detergentes com cloro que devem ser evitados em superfícies como: granito, mármore e pisos coloridos.

A seguir vamos acompanhar a entrevista sobre para que serve esta escala nos processos de limpeza

Para saber mais sobre para que serve, bem como sua importância nos produtos de limpeza, sua observação no uso e suas ações contra as sujidades e desinfecções, confira a entrevista concedida pelo diretor industrial da Oleak, Cecílio Antônio Neto.

pH na limpeza

Escala numérica informando sobre pH Ácido, Neutrro ou Alcalino

  1. Para que serve o pH e qual a sua função nos produtos de limpeza e higienização?

Esta escala é uma das principais características empregadas na definição do produto a ser utilizado na limpeza e higienização de um substrato, já que as substâncias que caracterizam uma sujidade podem reagir ou mesmo apresentarem maior ou menor afinidade com a água, dependendo do potencial Hidrogeniônico.

Este potencial é que vai indicar a acidez, neutralidade ou alcalinidade de um meio qualquer.

Quanto menor o pH de uma substância, maior a concentração de íons H+ e menor a concentração de íons OH.

  1. Existe um pH indicado para cada tipo de sujidade?

Como explicado acima, existem substâncias presentes em maior proporção nas sujidades, que apresentam comportamento diferente.

Por exemplo, os limpadores alcalinos são normalmente indicados quando a sujidade apresenta alta concentração de óleos e gorduras, visto que estes reagem quimicamente com os radicais OH- presentes nos alcalinos, formando sabões que são mais facilmente solubilizados na água, utilizada como veículo.

Já os limpadores ácidos são indicados na limpeza de sujidades com concentrações elevadas de substâncias minerais uma vez que, normalmente, estas têm característica alcalina que reagem com o radical H+ presente nos ácidos, provocando sua solubilização na água.

  1. Há necessidade de realizar rotação de pH na limpeza da mesma superfície?

A menos que a limpeza envolva alguma atividade antimicrobiana, não há necessidade de rotacionar o produto em função do pH.

  1. Por que, geralmente, se destaca o fato de detergente ser neutro, por exemplo, e não há tanta “propaganda” quando se trata de um produto alcalino?

Porque, culturalmente, o conceito de neutro está fortemente ligado a uma menor agressividade do produto ao usuário e, também, ao substrato a ser limpo.

Por outro lado, quando é do conhecimento da pessoa que efetuará a limpeza a dificuldade de remoção de determinada sujeira, esta procura o auxílio de produtos definidos como “fortes”, sejam alcalinos ou ácidos.

  1. Conhecer o pH do produto utilizado gera quais resultados nos procedimentos de limpeza? Economia de produto, redução de tempo?

Com certeza o conhecimento do produto (entenda-se pH e outras características e ativos presentes) e da sujidade a ser removida são princípios fundamentais na definição dos procedimentos de limpeza para otimização dos resultados, visando economia de tempo, produto e trabalho.

  1. Os produtos de limpeza, dependendo do pH, exigem manuseio ou aplicações diferentes? Por exemplo, somente limpeza úmida com pH neutro? 

Normalmente, os produtos de limpeza, que se valem do pH como característica principal para remoção de sujidade, são destinados à aplicações específicas e devem ser manipulados de forma cuidadosa obedecendo às indicações de uso expressas na rotulagem ou na ficha técnica.

É preciso, inclusive, observar no que se refere a diluição, forma de emprego, necessidade do uso de EPIs, etc.

  1. Onde pode-se encontrar a indicação do pH de um produto de limpeza? No rótulo? E qual parte?

A indicação do pH está presente na rotulagem, na ficha técnica (FT) do produto e na ficha de segurança (FISPQ) e, dependendo da sua intensidade, pode ser obrigatória nessas peças através de descrição ou simbologia de modo a prevenir a ocorrência de acidentes.

  1. A formulação do produto de limpeza diz algo sobre o pH dele? É possível ter certeza da indicação de pH, conferindo quais substâncias fazem parte do composto químico? 

Não obrigatoriamente. Por exemplo, um produto pode ter na sua composição um componente ácido e um componente alcalino, em concentrações tais que reagem formando uma terceira substância de característica neutra.

De outra forma, se uma dessas substâncias está em concentração acima da necessária ao equilíbrio, o produto final terá a característica da substância introduzida em excesso.

Conclusão

O pH possui um papel fundamental na composição química dos produtos utilizados para os processos de limpeza. Sobretudo, deve-se sempre estar atento ao nível na qual ele se encontra perante sua escala, visando o melhor desempenho dos produtos químicos.

Sendo assim, se faz necessário saber para que o pH é utilizado assim como, tomar conhecimento das superfícies ou dos artigos os quais serão limpos, tendo como objetivo remover resíduos com maior facilidade, não comprometendo sua integridade.

Este artigo foi atualizado em 16/02/2022

Referências:

Toda Matéria

Food Safety Brazil

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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Podcast como economizar com produtos de limpeza

Em um ambiente onde a concorrência sempre busca diferenciação, seja ela na melhoria da performance de seus produtos e serviços, ou na redução de despesas, todos os detalhes são importantes. Nesse podcast,como economizar produtos de limpeza, o ouvinte terá a oportunidade de ouvir sugestões práticas em relação a economia de produtos de limpeza. Mas alegre-se, essa economia não está relacionada com a piora dos materiais utilizados, mas sim com a melhora dos produtos.

Fique com a gente e aprenda melhorias possíveis de implementar em sua empresa ainda nesse semestre.

Clique em reproduzir para ouvir o nosso podcast sobre economia com produtos de limpeza.

Esclarecer dúvidas, orientar e oferecer sempre o melhor em técnicas e produtos de limpeza profissional é a nossa missão na Hygibras. Conte sempre com a gente para fazer escolhas que atendam às necessidades de sua empresa.

Gostou do nosso podcast como economizar produtos de limpeza?

Aproveite também e venha conhecer os nossos artigos sobre produtos profissionais de limpeza.

Conheça esse tema em forma de artigo.

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Economizar com Produtos de Limpeza Profissional

Economizar com produtos de limpeza profissional, também passou a ser um dos objetivos das empresas ao final de 2021 e início de 2022.

As pressões inflacionárias impactaram o segmento de produtos de limpeza profissional, bem como todos os outros tipos de materiais indiretos, consumidos pelas empresas, desde EPI’s, Uniformes, Equipamentos etc.

As pressões forçam os preços tanto dos produtos químicos de limpeza como das ferramentas de origem plásticas, devido aos valores das matérias primas atrelados ao dólar.

Tal variação também impactou desde cabos de alumínio a mops de algodão, com altas variações internacionais dos valores dessas importantes commodities, alumínio e algodão.

Se desejar você poderá navegar pelos tópicos.

economizar com produtos de limpeza

Conheça nossa linha de produtos de limpeza profissionais, são eles os responsáveis por proporcionar ainda mais economia para as empresas

   

Já no segundo semestre de 2021, a maior parte dos fornecedores de materiais de limpeza estava reajustando seus preços pela segunda vez no ano, muito a contragosto, em uma economia que começava a demonstrar algum aquecimento.

Os principais motivos para o realinhamento de preços, diz respeito aos aumentos sucessivos dos insumos como: embalagens, mão de obra, energia, transporte e assim por diante…

Numa outra frente, relacionada as matérias primas utilizadas nos produtos químicos de limpeza, como o hidróxido de sódio, alcançaram cerca de 150% de variação nos últimos 12 meses.

Outros, como o Butilglicol e o Tripolifosfato – foram reajustados em mais de 250% em período semelhante.

 

Com os reajustes chegando aos consumidores e especialmente para as empresas, uma movimentação em relação a busca por novas opções decolou.

Entre o final de 2021 e o início de 2022, algumas empresas distribuidoras de produtos de limpeza, do estado de São Paulo e do Paraná, relataram aumento de até 78% em buscas relativas a orçamentos de materiais para limpeza de novos clientes.

O principal motivo, relatado por esse incremento nas buscas, ocorreu muito em função dos reajustes de preços dos atuais fornecedores dessas empresas, que passaram a movimentar-se em busca de proteção do seu orçamento.

Desta maneira a ideia era tanto sondar o mercado como buscar economia em produtos para limpeza.

Todavia, não se trata de um movimento isolado, as empresas sempre buscam economias, desde que não impacte diretamente sobre a qualidade dos seus produtos e serviços finais, certo?

Bem, o setor de limpeza, às vezes, acaba sendo uma das vítimas desse corte de despesas. E é difícil imaginar que não haja impacto sobre a qualidade das atividades, quando por exemplo, reduzimos profissionais da limpeza de um escritório.

Realmente nem sempre existe essa redução de qualidade, afinal de contas, existem técnicas modernas que podem exceder a redução do pessoal.

Porém, nem sempre a velocidade da criação das técnicas acompanha a necessidade de redução de despesas.

Todavia, a experiência de mercado mostra, que uma parcela importante das buscas que são efetivadas, especialmente para economizar produtos de limpeza ou mão de obra relativa a ela, nem sempre sai como o esperado.

Neste post vamos compartilhar experiências que serão positivas e tem como objetivo alertar para oportunidades e riscos inerentes a busca pela economia do segmento.

Sendo assim, esperamos contribuir com esse momento tão movimentado em relação aos aumentos frenéticos de todos os segmentos e focar no resultado de alta performance com economia em produtos de limpeza.

Dividiremos os caminhos da economia, em duas grandes vertentes, como vemos a seguir:

1) A empresa ainda é usuária de produtos caseiros de limpeza;

2) A empresa já utiliza um sistema profissional de produtos de limpeza.

 

Empresa ainda usa produtos de limpeza caseiro

Sobre essa vertente, nos falaremos de um artigo, já postado em nosso blog, sobre as possibilidades de economia em produtos de limpeza.

Veja que nesse artigo, as vantagens do material de limpeza profissional e sobre os produtos caseiros, o leitor encontrará uma grande experiência prática, de como economizar com produtos de limpeza, quando no momento ele ainda for consumidor de produtos domésticos.

O estudo levou em conta cada produto de limpeza utilizado e as respectivas possibilidades de economia, item a item.

Foram analisados produtos como: lustra móveis, álcool para limpeza, desinfetantes pronto uso, detergentes de uso geral, sapólio, água sanitária, entre outros itens. Em cada produto utilizado pelo cliente, seja ele um saco de lixo e/ou pano de chão, aplicamos o conhecimento prático e teórico e conquistamos muitas melhorias.

Desta maneira, foi possível entregar uma economia de produtos de limpeza na ordem de 30%.

Além da economia, também ficou evidente a melhoria da performance dos profissionais da limpeza e a maior satisfação dos usuários da empresa.

No entanto, nem sempre a realidade é a da empresa que usa produtos de limpeza domésticos e consegue uma parceria que viabiliza uma boa melhora em seus resultados.

Muitas vezes, as empresas já utilizam produtos de limpeza profissional e precisam das melhorias e de economia em produtos de limpeza da mesma maneira.

Sendo assim, na sequência de nosso post, abordaremos outro tipo de experiência. Vejamos a seguir.

Empresa já utiliza produtos de limpeza profissional

Certamente se faz necessário aqui, explicar os diversos níveis de produtos de limpeza profissional.

É importante esclarecer, que da mesma forma que existem várias categorias de produtos em todos os segmentos empresariais, como por exemplo, ferramentas de carpintaria, combustíveis, edificações, pisos ou tintas, também existe variações de níveis em materiais de limpeza.

Sendo assim, é simples da leitora ou leitor concluir, que os materiais de limpeza que se propõe a realizar tarefas como: desinfecção, limpeza seca de piso, secar as mãos, lavagem de vidros, entre milhares de outras tarefas, são muito diferentes entre si.

Outros artigos, já publicados por esse blog, já mostraram essas diferenças ao menos algumas dezenas de vezes nos últimos anos.

Portanto, a simples mudança sobre o uso de ferramentas de limpeza como os panos de chão e rodos, para produtos de limpeza de uso profissional, são suficientes para demonstrar a usabilidade de uma organização no que tange seus processos iniciais.

A medida com que a aceitação e aprimoramento para produtos de limpeza profissional ocorre, a qualidade e eficiência no que tange os serviços de limpeza prestados, é possível visualizar além de melhora no processo, uma significativa redução nas despesas mensais.

Nesse aspecto listaremos, alguns exemplos práticos que demonstram tal economia:

Existem pilares fundamentais em relação a muitas atividades empresariais e na limpeza profissional isso não é diferente.

Sobretudo, é neste ponto que o leitor interessado queria chegar. Saber, na prática, como economizar com produtos de limpeza, especialmente se ele já utiliza materiais de limpeza mais profissionais.

Destacamos que um equilíbrio entre a qualidade dos produtos, a correta utilização e a gestão profissional de tais componentes, proporciona uma economia segura ao longo do tempo.

Tanto é verdade, que as empresas limpadoras, que possuem distinção nesses componentes, têm se destacado ao longo dos anos em nosso mercado.

Vamos então, dar início ao material prático e diferenciado.

economizar com produtos de limpeza

A composição de preços dos produtos de limpeza é baseada também no material de suas embalagens

As embalagens de produtos químicos de limpeza

Elas têm um bom peso na composição de preços dos produtos, sejam elas embalagens primárias, como as plásticas ou as secundárias como as de papelão.

Sendo assim, a aposta por produtos com maior nível de concentração proporciona, certamente uma maior economia, já que usam até 90% menos materiais nas embalagens.

Régua da economia dos produtos de limpeza

Existe uma régua de economia imaginária, em um extremo, os produtos prontos para uso e no outro extremo os produtos hiper concentrados.

Quanto mais próximo do hiper concentrado o cliente está, maior tende ser a economia que o mesmo alcança por metro quadrado, isto é, estando mais próximo do pronto uso, maior o custo por metro quadrado da limpeza.

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Conte com a Hygibras para reduzir suas despesas com produtos de limpeza profissional

Transporte dos produtos de limpeza 

Sendo nosso leitor e leitora, usuários de transporte, conhecem a elevação dos custos atuais.

Assim, quanto maior a frequência de compras dos produtos, menor a economia nos produtos de limpeza.

É fácil entender, vejam só, digamos que a empresa compre produtos de limpeza a cada quatro meses e o faça em grandes volumes, sendo assim, em nossa régua de economia, quanto menos pedidos de materiais fizerem ao longo do ano, maior a nossa economia, pois o custo do frete cai quando fazemos menos pedidos.

Ferramentas de limpeza e a economia certa

Em cada investimento em ferramentas, mais ou menos duráveis, a nossa régua da economia aparece novamente.

Quanto mais durável a ferramenta for, maior será a “diluição” do tempo de duração que a mesma terá, sendo assim, seu custo cai.

Verdade que para comprar precisamos ter dinheiro, porém conte com uma distribuidora de produtos para limpeza profissional para lhe apoiar em tal investimento. Seja no parcelamento, ou na orientação daquela que mais de adequa ao seu perfil.

Aproveite e use ferramentas que lhe proporcione economia direta em mão de obra e de produtos químicos de limpeza.

Considere usar pulverizadores de alta performance, que lhe entregarão economia de tempo na limpeza e até 70% de economia em produtos como desinfetantes, por exemplo.

dispensers

Dispensers de qualidade podem ajudar a economizar com sabonetes e papéis

Papéis sanitários e a redução de consumo de produtos

Nesse tipo de produto temos novamente a nossa régua da economia dos produtos de limpeza atuando.

Quanto maior a gramatura e especificidade adequada dos produtos para esse uso, como toalhas de papel e papéis higiênicos, maior a economia.

Engana-se quem imagina que ao comprar aquele papel higiênico, em formato de rolo jumbo, certamente vai economizar.

O erro pode começar exatamente na compra e na falta de adequada caracterização dos produtos que melhor lhe servem.

Como já abordamos aqui nesse blog, alguns produtos desse tipo, têm fornecedores de material de limpeza que agem de má fé e entregam gato por lebre.

Considere selecionar fornecedores tradicionais que possam até investir junto com sua empresa, em modernos sistemas de higiene pessoal, e colocar em comodato equipamentos para sua empresa atingir assim, o maior nível de padronização e economia em materiais de limpeza possíveis.

Impacto dos produtos de limpeza na saúde

Uma vez que sua empresa, opte por materiais do perfil mencionado, não renuncie aos treinamentos necessários para uso dos produtos de limpeza atingirem sua maior economia.

Sendo assim, você garante a maior economia em produtos de limpeza e atinge os maiores níveis de saúde possíveis para seus ambientes.

Ao reduzir o consumo de embalagens, sua empresa também está reduzindo o impacto delas no meio ambiente.

Já ao reduzir o consumo de fretes, a economia anda de mãos dadas com a redução do impacto ao meio ambiente.

Conclusão sobre economizar produtos de limpeza

Após tantas evidências, sejam elas ligadas às empresas que usavam produtos de limpeza caseiros ou que usavam alguns tipos de produtos de limpeza profissional, demonstramos oportunidades práticas de reduzir suas despesas.

Aproveite e aplique algumas dessas melhorias em sua empresa ainda esse mês e passe a economizar com produtos de limpeza e cuide da saúde de todos os envolvidos, sejam eles os seus clientes, os usuários das edificações ou os operadores da limpeza.

Gostou do nosso artigo? Acesse nosso site e saiba mais sobre higiene e limpeza.

Se desejar você pode ouvir esse artigo em formato de Podcast.

Boa economia e até a próxima!

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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

O que é Infecção Hospitalar e quais as formas de controle?

A infecção hospitalar ou Infecções Relacionadas à Assistência em Saúde (IRAS) são aquelas adquiridas durante a prestação dos cuidados de saúde. O ambiente hospitalar é, ao mesmo tempo, o espaço de cuidado e assistência à saúde de pessoas que por muitas vezes estão debilitadas e mais suscetíveis a contrair uma infecção hospitalar uma vez que o ambiente hospitalar é uma espécie de reduto de inúmeros agentes patogênicos como vírus e bactérias que causam doenças.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 234 milhões de pacientes são submetidos a procedimentos cirúrgicos por ano em todo o mundo e, destes, um milhão vai a óbito em razão de infecções hospitalares. Outros sete milhões de pacientes apresentam complicações no pós-operatório. Dentre as complicações, as que mais prevaleceram foram:

Infecção de sitio cirúrgico

Infecção de vias aéreas

Infecção de trato urinário

Por isso, é preciso entender a gravidade das IRAS e tornar as práticas para controle da infecção hospitalar (IRAS) mais rígidas e habituais.

Entre elas a limpeza e desinfecção de superfícies e a higienização das mãos e adesão ao pacote de medidas de prevenção de IRAS associada à inserção e manutenção de dispositivos invasivos

As práticas devem ser algo orgânico, intrínseco e levado muito a sério por parte de todos os profissionais de saúde e de toda equipe de limpeza e administração.

Preparamos este artigo, para uma maior conscientização sobre os riscos e as formas de evitar as infecções hospitalares. Acompanhe a leitura ou navegue pelos tópicos.

infecções hospitalares

Enfermeira usando EPI’S contra IRAS

O que são infecções hospitalares e IRAS ?

Infecções relacionadas à assistência à saúde (conhecidas também pela sigla IRAS), antigamente chamadas de infecções hospitalares, são aquelas adquiridas após a admissão do paciente e que se manifestam durante a internação ou após a alta.

Desde que possam ser relacionadas aos procedimentos da assistência, seja ela hospitalar, em clínicas de diálise, instituições de longa permanência, hospital ou ambulatórios de quimioterapia ou infusão de medicamentos.

Quando se desconhece o período de incubação do agente etiológico e não houver evidência clínica ou dado laboratorial de infecção no momento da internação, convencionaram-se IRAS toda manifestação clínica de infecção que se apresentar a partir de setenta e duas horas após a admissão.

Dados sobre a incidência de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) 

A seguir veremos dados norte americanos, por serem dados bastante consistentes.

É estimado que aconteçam 250.000 infecções da corrente sanguínea associadas a cateter venoso central por ano, com mortalidade atribuível de 12,5% a 25%.

O custo de cada tratamento dessas infecções é de cerca de US$ 25.000,00, atingindo, no total, $296 milhões a $2.3 bilhões por ano.

Em outra frente, temos a pneumonia, que associada à assistência à saúde, prolonga a permanência hospitalar entre 4 a 10 dias, com custo estimado por evento entre US$1.255 e US$ 2.863 (US$1.2 bilhões/ano no total), além de estar relacionada com maior mortalidade atribuída (7,3 – 30,3%).

Já a infecção do trato urinário, associada à sonda vesical, é responsável por 15% das bacteremias intra-hospitalares e principal causa de infecção da corrente sanguínea por bacilos Gram-negativos elevando a permanência hospitalar entre 2 a 4 dias com um custo de cada tratamento estimado entre U$ 676 e 2.836 (U$ 500 milhões/ano), além de mortalidade atribuída em até 13%

No Brasil, a estimativa é que a taxa de infecções hospitalares afete cerca de 14% das internações. De acordo com dados da OMS, cerca de 234 milhões de pacientes são operados por ano em todo o mundo. Deste total, um milhão morre em decorrência de infecções hospitalares e sete milhões têm complicações no pós-operatório.

Os números são expressivos, pois o controle das infecções ainda é precário.

Sendo assim, um levantamento do Conselho Regional de Medicina, em parceria com o Ministério Público de São Paulo (CREMESP), verificou que, na maioria dos 156 hospitais do Estado analisados, o controle de infecções hospitalares foi considerado deficiente.

O grande risco para os serviços de saúde é que as IRAS contribuem negativamente ampliando o tempo de permanência hospitalar, elevando a Morbimortalidade intra-hospitalar, impactando e aumentando os custos, além do risco jurídico para ações contra o hospital e subsequentes indenizações.

iras

Profissional executando a limpeza no quarto de um hospital

Histórico da limpeza e desinfecção hospitalar (IRAS)

Depois de saber o que são as infecções hospitalares e IRAS e de como elas estão relacionadas à higienização ou a falta dela, vamos entender o contexto da limpeza hospitalar ao longo da história.

No inicio da medicina e da enfermagem, uma das questões mais cruciais para a recuperação dos pacientes é a higiene do ambiente no qual ele permanece internado, no entanto, somente no século passado, a limpeza e desinfecção de materiais e superfícies no ambiente hospitalar passaram a ser foco, de fato, da preocupação dos profissionais que atuam na área da saúde.

Muitas práticas que hoje sabemos que são equivocadas, faziam parte dos procedimentos. Isso porque havia carência de conhecimentos sobre a prevenção e controle de infecções. Um exemplo foi a superestimação dos desinfetantes para minimizar os riscos de infecção por parte de pessoas envolvidas na assistência.

Na década de 80, graças aos avanços científicos, houve maior cobrança e exigências por parte dos órgãos pertinentes, os produtos foram ficando mais adequados e os profissionais de saúde passaram a compreender a existência de uma série de procedimentos inúteis.

Portanto adotaram os processos adequados que envolviam a limpeza e desinfecção nos hospitais. Dessa forma, os serviços de higienização passam efetivamente a ter como finalidade preparar o ambiente para suas atividades com o próximo paciente que fará uso, mantendo a ordem e conservando equipamentos e instalações e, principalmente, evitando a disseminação e infecção cruzada de microrganismos responsáveis pelas IRAS. Para isso, todos os profissionais devem estar envolvidos e conscientes da importância de suas funções.

Todos devem ter conhecimento sobre a legislação que orienta sobre as práticas de controle de IRAS, além de conhecer a estrutura e finalidade dos serviços para executar as técnicas de higienização e desinfecção diária. Também é fundamental a adesão à higiene das mãos no hospital, associada ao respeito pelo profissional de saúde às recomendações de precauções padrão e específicas, como por exemplo: precaução durante o contato, precaução para gotículas e precauções aéreas.

Alguns surtos de infecções acontecem quando se descumprem estas simples ações com consequências desastrosas para as instituições de saúde. O cuidado com a higiene do ambiente do paciente também é muito importante para evitarmos essa disseminação e, envolve a equipe assistencial e de higiene.

Na literatura, há muitos estudos que mostram que não é apenas a equipe de enfermagem que deve ter esses conhecimentos sobre limpeza e desinfecção, mas sim toda a gama de profissionais envolvida nas atividades da instituição, desde o administrativo até os envolvidos diretamente na assistência.

” Todos devem saber quem limpa, o que deve ser limpo e quando a limpeza deve ocorrer “.

Em uma pesquisa feita em hospital universitário mostrou que os enfermeiros da educação continuada consideram importante que os profissionais de limpeza conheçam os produtos que utilizam, sua ação e as técnicas de limpeza. Os profissionais devem estar muito bem orientados e treinados quanto ao uso adequado dos produtos para minimizar o risco de ocorrências indesejáveis.

Sendo assim, mais do que oferecer uma rotina de trabalho, é interessante treinar e mostrar a evolução dos produtos e equipamentos hoje encontrados no mercado com o objetivo de oferecer mais limpeza e saúde aos trabalhadores da área.

Saiba tudo sobre (CCIH) – Comissões de Controle de Infecção Hospitalar 

Com o objetivo de tornar o controle das infecções hospitalares mais rígido e eficaz, o Ministério da Saúde publicou, em 1998, a Portaria nº 2.616, que instituiu as Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), junto ao Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH).

Os hospitais devem constituir os Serviços de Controle de Infecção Hospitalar (IRAS) que implantam programas de prevenção e controle de infecção hospitalar (IRAS), junto com as equipes multiprofissionais que trabalham dentro do hospital, desenvolvendo os pacotes de medidas de prevenção e controle.

“É importante, engajar todos os profissionais que são responsáveis no cuidado dos pacientes”

O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar realiza a vigilância das infecções para detecção de surtos e tratativas deles, para redução de danos, bem como desenvolve um programa de uso racional de antimicrobianos para o combate da multirresistência dos agentes patogênicos.

Também realiza treinamentos dos profissionais de saúde para as melhores práticas de prevenção e controle de infecção, reciclando os conceitos para a manutenção da excelência na assistência.

Quais são as principais funções das CCIH ?

  • Supervisionar as normas e rotinas técnico-operacionais;
  • Capacitar a equipe de funcionários e profissionais do hospital, conscientizando sobre a importância da prevenção e controle das infecções hospitalares;
  • Elaborar e implementar programas de controle de infecção hospitalar (IRAS);
  • Elaborar e divulgar relatórios sobre (IRAS);
  • Coletar, analisar e divulgar, taxas de infecções no hospital.

Uma pesquisa dentro dos hospitais da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados), mostrou que as práticas para reduzir a ocorrência de infecções durante as internações têm dado resultados.

Segundo o levantamento, por meio direto das boas práticas assistenciais e à segurança nas unidades de terapia intensiva (UTI), a densidade de incidência de infecção geral na UTI adulto passou de 9,02 em 2015 para 8,31 em 2016. Dessa maneira, o resultado aponta que, para cada 1000 pacientes-dia, pouco mais de oito apresentaram alguma infecção durante o atendimento hospitalar dentro dos hospitais da rede da Anahp.

Portanto, fica claro que, quando os protocolos de limpeza e desinfecção do ambiente hospitalar e uma boa adesão da equipe em relação a higienização das mãos são seguidos, respeitados e colocados em prática, os casos tendem a reduzir cada vez mais.

Quais as causas de algumas infecções hospitalares (IRAS)?

Entre elas estão complicações após a realização de alguns procedimentos de assistência à saúde.

Certamente existem quando há quebra de barreira para prevenção de infecção, como, por exemplo, passagem de cateter vesical para controle de diurese e evolução para infecção urinária associada à sonda vesical

Outro exemplo está ligado a passagem de acesso venoso central ou a realização de intubação oro ou até mesmo a realização de cirurgia.

Estas infecções são causadas por microrganismos, entre os mais comuns bactérias e fungos e dependem de vários fatores como os listados a seguir:

  • a imunossupressão do paciente
  • o tipo de procedimento realizado
  • a capacidade do microrganismo de infectar
  • tempo de permanência de uso de cateteres, sondas e ventilação mecânica

Certamente outras situações também podem potencializar o risco do paciente em desenvolver IRAS, entre elas:

  • Não adotar as medidas de precaução de contato
  • Falta de um planejamento da assistência ao cliente
  • Infraestrutura inadequada
  • Recursos humanos e materiais em número insuficiente
  • Controle inadequado da prescrição de antimicrobianos.

Precisamos relatar que os microrganismos em questão podem vir da própria microbiota dos pacientes, dos profissionais de saúde, dos visitantes ou artigos e equipamentos.

Além disso, os alimentos, a água, o ar, as superfícies e os materiais hospitalares não higienizados ou esterilizados de forma inadequada também são fontes de patógenos que podem vir a causar IRAS.

Além disso, profissionais que cuidam de diferentes pacientes aumentam as chances de ocasionar a infecção cruzada, consecutivamente há mais casos de IRAS.

Pacientes com fragilidade 

Pacientes idosos, recém-nascidos, transplantados e portadores de doenças imunológicas e em tratamentos de quimio/radioterapias fazem parte do grupo de risco, ou seja, são os mais acometidos por este tipo de infecção. Nestes casos a internação deve ser escolhida com muito critério e sempre que possível estes pacientes devem ficar em precaução e com menor período de hospitalização possível, pois quanto menor o tempo no ambiente clínico, menores são as chances de desenvolver IRAS.

O índice de internação de pacientes infectados por bactérias multirresistentes a antibióticos, conhecidas popularmente como superbactérias, tem aumentado bastante com o passar dos anos, exigindo dos hospitais o uso de medicamentos cada vez mais fortes para que a infecção seja combatida. Outro fator é que isso também ocorre, em alguns casos, devido a ineficácia no diagnóstico destes pacientes colonizados ou no sistema de notificação dos mesmos.

bactérias

Bactérias sendo estudadas por pesquisadores

O que são as bactérias multirresistentes e qual a relação com o uso de medicamentos?

Conhecidas como superbactérias são aquelas que passam a ser resistentes a diversos antibióticos, devido ao uso incorreto dos medicamentos, sendo também definidas como bactérias multirresistentes. O uso incorreto ou frequente de antibióticos pode favorecer o surgimento de mutações e mecanismos de resistência, seleção e adaptação dessas bactérias contra os antibióticos, tornando o tratamento difícil.

As superbactérias são mais frequentes em ambiente hospitalar, principalmente em Unidade de Terapia Intensiva e setores com internação de longa permanência, devido ao sistema imunológico mais enfraquecido dos pacientes. Além do uso indiscriminado de antibióticos e sistema imunológico do paciente, o aparecimento de superbactérias também está relacionado com os procedimentos realizados dentro do hospital.

Essa resistência se deve principalmente devido ao uso errado dos antibióticos, seja quando o paciente interrompe o tratamento recomendado ou fazendo uso quando não é indicado, dando origem às superbactérias.

Lista de Superbactérias Importantes

  • Acinetobacter baumannii, que pode ser encontrada na água, solo e ambiente hospitalar, sendo algumas cepas resistentes aos aminoglicosídeos, fluoroquinolonas e beta-lactâmicos,
  • Pseudomonas aeruginosa, que é considerado um microrganismo oportunista causando infecção principalmente nas UTIs em pacientes como o sistema imunológico comprometido;
  • Staphylococcus aureus, resistente à Meticilina, sendo denominada MRSA.
  • Klebsiella pneumoniae, também conhecida como Klebsiellaprodutora de carbapenemase, ou KPC, que são bactérias que conseguem produzir uma enzima capaz de inibir a atividade de alguns antibióticos.
  • Enterococcus faecium, que normalmente causa infecções do trato urinário e intestinal em pessoas que estão internadas;
  • Proteus sp., que está relacionada principalmente com infecções urinárias nas UTIs e que vêm adquirindo resistência a diversos antibióticos;
  • Neisseria gonorrhoeae, que é a bactéria responsável pela gonorreia e algumas cepas já foram identificadas como multirresistente, apresentando maior resistência à Azitromicina, e, por isso, a doença causada por essas cepas é conhecida como supergonorreia.

Existem outras bactérias que estão começando a desenvolver mecanismos de resistência contra antibióticos que normalmente são utilizados no tratamento das suas infecções, como por exemplo a Salmonella sp., Shigella sp., Haemophilus influenzae e Campylobacter spp. Sendo assim, o tratamento torna-se mais complicado, já que há dificuldade para combater esses microrganismos, e a doença mais grave.

Tipos de limpeza no ambiente hospitalar

Para garantir que haja um controle eficaz das IRAS e reduzir a possibilidades da infecção cruzada causadas pelos microrganismos, principalmente pelas bactérias multirresistentes, a limpeza hospitalar é fundamental.

O que é limpeza?

Limpeza é o ato de localizar e remover toda sujidade e material orgânico de forma adequada das superfícies inanimadas. Trata-se do mais eficiente meio de redução da carga microbiana das superfícies. O processo deve ser realizado com água e produto padronizado pelo setor de CCIH da instituição, junto de procedimentos de limpeza adequados.

Importante ressaltar que a limpeza deve vir antes dos processos de desinfecção.

Atualmente temos produtos capazes de realizar a limpeza e desinfecção em um único processo. Sendo importante contudo, analisar a presença de fluidos corpóreos como sangue, fezes, urina, vomito ou secreções.

Conheça agora os tipos de limpeza no ambiente hospitalar

A Limpeza concorrente é um procedimento diário de limpeza das superfícies inanimadas, como pisos, pias, mesas fixas, tampos, peitoris, maçanetas das portas e interruptores de luz. Além de reposição de materiais, como sabonete líquido, papel higiênico e papel toalha, além do recolhimento do lixo. Esta limpeza é realizada quando o paciente ainda está no ambiente.

Existe também a Limpeza terminal que é o procedimento realizado na alta ou óbito do paciente ou agendada quando internação de longa permanência. A periodicidade pode ser definida pela CCIH do hospital, mas não deve ultrapassar 30 dias e deve ser levado em consideração a criticidade do paciente e se o mesmo encontra colonizado por alguma bactéria multirresistente.

A limpeza terminal abrange todas as superfícies horizontais e verticais, como paredes, pisos, portas, janelas, luminárias, interruptores e mobiliários. É seguida pelo procedimento de desinfecção.

A Limpeza especial é o procedimento de desinfecção diária de todos os materiais e equipamentos distantes até 1 metro do leito de pacientes colonizados ou infectados com bactérias resistentes e com fatores de risco. Itens a limpar: monitores, focos, suportes de soro, painel de gases, grade de cama, bomba de infusão, respirador, criado mudo e outros devem ser desinfetados. Este procedimento deve ser realizado pela enfermagem e com produto padronizado pela CCIH do hospital.

Limpeza preparatória é realizada antes da utilização do local. É a remoção de partículas depositadas nas superfícies horizontais em áreas de procedimentos, como centro cirúrgico, salas de endoscopia, ultrassonografia, raios X e outras. No caso do centro cirúrgico a limpeza tem que ser realizada entre os procedimentos a cada paciente e uma limpeza terminal no final de cada plantão. Nas salas onde são realizados exames os equipamentos também devem ser higienizados a cada paciente, prática hoje que infelizmente não é seguida por muito serviços.

Limpeza mecanizada do piso – remoção da sujidade do piso com máquina de lavar tipo enceradeira ou lavadora automática. Neste processo, uma solução detergente e/ou desinfetante hospitalar é colocada no piso. Equipamentos como as lavadoras automáticas realizam a limpeza com grande eficiência e praticidade, pois removem a água através de aspirador e já deixam o piso limpo e seco, sem necessidade de rodos e panos.

Conheça agora algumas definições e conceitos do ambiente hospitalar

Agora que você compreendeu o que é limpeza e seus tipos dentro do âmbito hospitalar, vale destacar as definições dos conceitos descontaminação e desinfecção, para que suas diferenças fiquem bem claras no momento da prática. Veja só:

Descontaminação – trata-se da remoção de materiais orgânicos, como fezes, urina, vômitos e secreções de uma superfície com auxílio de uma solução desinfetante.

Desinfecção – é o processo que elimina formas vegetativas de microrganismos patogênicos das superfícies inanimadas. Deve ser feita por meio de processos químicos, com uso de soluções desinfetantes que previamente foram padronizado pela CCIH, em superfícies inanimadas previamente limpas. O produto a ser usado tem que ser homologado pela ANVISA e ter laudo comprovando sua eficácia.

Como realizar o controle de infecção hospitalar (IRAS) por meio da desinfecção do ambiente hospitalar?

Agora que entendemos a importância da limpeza e desinfecção para controle das infecções hospitalares, vamos ver quais práticas devem fazer parte da rotina de higienização dos espaços de saúde.

Processos de Limpeza e Desinfecção de Superfícies

Para os processos de limpeza atingirem os objetivos esperados, é preciso que haja organização funcional e cronograma das ações a serem realizadas no dia-a-dia, cronograma das atividades.

Assim, é fundamental estabelecer um protocolo – um conjunto de regras a serem seguidas no processo de trabalho. Quando se trata de limpeza, os protocolos de do ambiente hospitalar devem incluir etapas que permitam a destruição dos microrganismos das superfícies inanimadas.

Devem ser especificados no protocolo de limpeza do ambiente hospitalar: o local a receber a ação, qual ação a ser realizada, quando fazer a ação, com que produto realizar a ação, como realizar e quem deve realizá-la.

A seguir saiba os pontos fundamentais para o protocolo de limpeza de UTIs

Unidades de terapia intensiva na maioria das vezes são constituídas de box com divisorias para internação de pacientes. Neste ambiente, altamente critico, as atribuições tem que ser bem feitas e definidas, pois não pode haver falhas no processo. Certamente há necessidade de ficar bem definido o que é tarefa de atribuição da enfermagem, quando fazer e o que é tarefa da equipe de higiene e limpeza, além é claro dos momentos em que devem ser realizadas.

Responsabilidade da Enfermagem

Os protocolos recomendam uma limpeza concorrente – limpeza com a presença do paciente no leito – que é de responsabilidade da equipe de enfermagem a limpeza beira leito, onde é realizado uma vez por plantão a limpeza dos equipamentos como respiradores, bombas de infusão, monitores e outras áreas ate 1 metro do leito com o produto padronizado pela CCIH da instituição.

Também fica sob responsabilidade da enfermagem, na limpeza terminal, a retirada, a limpeza e desinfecção dos equipamentos. Também importante a retirada dos materiais e acessórios que estavam em uso como materiais ventilatórios para oxigenação e frascos para aspiração.

Após a retirada destes equipamentos e acessórios, a equipe de higiene e limpeza ficam com a responsabilidade de fazer a limpeza terminal onde todas a superfícies verticais e horizontais tem que ser limpas e desinfetadas.

Operacionalização da Limpeza

Dentro dos tipos de limpeza que vimos mais acima, há ainda as formas de operacionalização do processo de limpeza de superfícies que se constituem de:

Limpeza manual úmida: limpeza com a utilização de rodos, mops, panos ou esponjas umedecidas em solução detergente ou desinfetante, sem enxágue posterior. Esta operação deve ser realizada nos mobiliários em geral, equipamentos, luminárias, tetos paredes e pisos.

Limpeza manual molhada: consiste em aplicar uma solução de detergente em pisos, paredes, mobiliários e usar de energia mecânica para esfregar com fibra, escova ou esfregão. Realizar o enxágue posterior com água limpa. Essa operação é utilizada principalmente na limpeza terminal e na limpeza concorrente dos banheiros.

Limpeza mecanizada do piso: trata-se da remoção da sujidade do piso com máquina de lavar tipo enceradeira. Neste caso aplicamos o produto no piso e após a ação mecânica da enceradeira realizamos o enxágue e a secagem do piso.

Equipamentos como as lavadoras automáticas realizam a limpeza com grande eficiência e praticidade, pois removem a água através de aspirador e já deixam o piso limpo e seco, sem necessidade de rodos e panos.

Assista agora um vídeo sobre a limpeza terminal

Higiene das mãos e a grande importância no combate a infecção hospitalar (IRAS)

O ato de higienizar as mãos é considerado como o ato isolado mais importante no controle de infecções no ambiente hospitalar. As preocupações com a necessidade de se fazer a higienização das mãos na assistência médica têm início no século XI, com Moisés Maimônides o médico, filósofo e teólogo judeu que defendia a lavagem das mãos pelos praticantes da medicina.

No entanto, ao longo dos séculos seguintes, o hábito de higiene das mãos ficou restrito aos rituais de purificação, o que evidenciava mais os cuidados com a aparência do que uma referência à preocupação com a saúde.

Somente em meados do século XIX, quando Ignaz Philipp Semmelweis médico conhecido como precursor da antissepsia das mãos –  elaborou a primeira evidência científica de que a higienização das mãos seria capaz de evitar a transmissão da febre puerperal e reduzir a morte de mulheres no pós-parto.

Ainda assim, nas décadas seguintes, a prática não chegou a ser compreendida em sua importância nem aceita como essencial entre os profissionais da época.

Após muitos anos, muitos cientistas e filósofos realizaram pesquisas e estudos que comprovaram e defenderam a questão da higienização e assepsia.

Hoje é mais do que sabido e constatado o valor vital da antissepsia com álcool gel a 70%.

Nesse completo artigo sobre higiene das mãos com álcool gel, o leitor poderá observar em muita profundidade os detalhes dessa atitude de responsabilidade, que é a higiene responsável das mãos.

Porém, no ambiente hospitalar, infelizmente, ainda é possível notar alguma resistência em adotar um gesto tão simples como o de lavar as mãos onde a baixa adesão é um problema muito sério e alvo de muitas e muitas campanhas para fortalecer esta adesão.

O ato de fazer uso do álcool para higienizar as mãos busca reduzir a população microbiana residente da pele e zerar a microbiota transitória e impedir que uma possível contaminação em cadeia aconteça no ambiente hospitalar.

A adesão por parte da equipe está ligada a diversos fatores, onde a disponibilidade de dispensadores e a qualidade do produto a ser oferecido estão diretamente ligados.

A OMS recomenda que a higienização das mãos deve ocorrer em cinco momentos dentro dos serviços de saúde:

  1. Antes do contato com o paciente;
  2. Antes da realização de procedimento asséptico;
  3. Após a exposição a fluídos corpóreos;
  4. Após contato com o paciente;
  5. Após contato com o ambiente próximo ao paciente.
infecção hospitalar - iras

Protocolo de recomendações da OMS – 5 momentos de higiene das mãos

No controle da infecção hospitalar, a necessidade da higienização das mãos é reconhecida também pela ANVISA, que inclui recomendações para esta prática no Anexo IV da Portaria 2616/98 do Ministério da Saúde.

O anexo integra o Programa de Controle de Infecção Hospitalar nos estabelecimentos de assistência à saúde no País e estabelece que:

  1. Lavagem das mãos é a fricção manual vigorosa de toda a superfície das mãos e punhos, utilizando-se sabão/detergente, seguida de enxágue abundante em água corrente.
  1. A lavagem das mãos é, isoladamente, a ação mais importante para a prevenção e controle da infecção hospitalar.
  1. O uso de luvas não dispensa a lavagem das mãos antes e após contatos que envolvam mucosas, sangue e outros fluidos corpóreos, secreções ou excreções.
  1. A lavagem das mãos deve ser realizada tantas vezes quanto necessária, durante a assistência a um único paciente, sempre que envolver contato com diversos sítios corporais, entre cada uma das atividades.

4.1 A lavagem e antissepsia cirúrgica das mãos é realizada sempre antes dos procedimentos cirúrgicos.

  1. A decisão para a lavagem das mãos com uso de antisséptico deve considerar o tipo de contato, o grau de contaminação, as condições do paciente e o procedimento a ser realizado.

5.1 A lavagem das mãos com antisséptico é recomendada em:

  • realização de procedimentos invasivos;
  • prestação de cuidados a pacientes críticos;
  • contato direto com feridas e/ou dispositivos invasivos, tais como cateteres e drenos.

Contudo sabemos que a disponibilização de pias para lavagens das mãos é bem menor do que a possibilidade de oferta dos dispensadores de álcool

“Os manuais de CCIH e da Anvisa recomendam a lavagem das mãos quando existe a  presença de sujidade visível. Já nas demais situações, o uso abundante do álcool gel é de fundamental importância.

Protocolo de limpeza

Conceito: É a limpeza realizada diariamente feita nas superfícies inanimadas (pisos, pias, mesas fixas, tampos, peitoris, maçanetas das portas, interruptores de luz), reposição de materiais (sabonete líquido, papel higiênico e papel toalha) e recolhimento do lixo.

Objetivo: Diminuir a carga microbiana das superfícies fixas, manter os aposentos em perfeitas condições de higiene e limpeza, oferecendo bem-estar, conforto e segurança aos clientes internos e externos.

Executantes: Auxiliares de limpeza

Materiais Necessários:

Carro Funcional contendo:

  • Limpador Geral Superfícies – Garra Oxiativo
  • Solução desinfetante Optigerm PPT Hospitalar para Superfícies Fixas
  • Pulverizadores (3 abastecidos com Optigerm PPT e 1 com Limpador Garra Oxiativo)
  • Escova Lavatina;
  • Esponja dupla face – Verde e Amarela (para pias do banheiro e quarto e banheiro de um modo geral, exceto piso e vaso);
  • Fibra Azul não risca (mobília, piso e demais superfícies do quarto)
  • Fibra verde (vaso sanitário, cestos de lixo e piso do banheiro)
  • Wiper;
  • Balde plástico retangular;
  • Ferramenta Spray Mop, abastecida com Limpador Garra Oxiativo;
  • Ferramenta Lamelo;
  • Refil para lamelo;
  • Refil para Spray Mop
  • Ferramenta de aplicação de cera completa (cabo alumínio, luva de 45 cm);
  • Sacos de lixo 100 litros e 30 litros cor azul (comum);
  • Sacos de lixo 100 litros e 30 litros cor branco (infectante);
  • Fechos de saco de lixo;
  • Faixa de sinalização “Sanitário Desinfetado”;
  • Placa de sinalização (Piso molhado ou em Manutenção)
  • Suporte LT
  • Luvas de látex amarelas e verdes;
  • Tocas descartáveis;
  • Óculos protetores;
  • Toalhas descartáveis de bandeja;
  • Lavador de vidro 45 cm completo com cabo de 1,5 ou superior;
  • Papel higiênico fibras virgens;
  • Papel Toalha fibras virgens;
  • Sabonete refil Opticare Toilete Espuma;
  • Álcool Gel Opticare para as mãos;
  • Acabamento para piso Simplex Hospitalar.

 Descrição do Processo com dois auxiliares de limpeza

Limpeza deve seguir a seguinte sequência:

  • Superfícies e objetos potencialmente ou visualmente menos sujos antes, mais sujos depois;
  • Superfícies e locais mais altos antes e mais baixos depois;
  • Gestos de limpeza devem ser sempre realizados no sentido único;
  • Os auxiliares de limpeza devem informar logo no início do procedimento, qualquer irregularidade no ambiente referente à manutenção predial, como danos elétricos, hidráulicos etc.

 Iniciando o processo:

  • Dirigir-se com o carro funcional abastecido dos materiais, produtos e equipamentos necessários;
  • Aplicar álcool gel nas mãos antes de iniciar os procedimentos;
  • Sinalizar a porta do quarto com a placa “piso molhado”
  • Calçar as luvas amarelas e os óculos;
  • Recolher o lixo comum dos cestos, fechar os sacos e depositá-los no saco do carro funcional;
  • Recolher o lixo infectado (se houver) dos cestos, fechar os sacos e encaminhá-los diretamente ao expurgo;
  • Aplicar Optigerm PPT nas luvas e retirá-las.

 Limpeza de superfícies do teto, paredes e mobiliários:

  • Calçar as luvas verdes e os óculos;
  • Se houver matéria orgânica esta deverá ser removida antes do procedimento de limpeza geral, utilizar a técnica de descontaminação pulverizando a solução de Optigerm PPT e removendo com papel toalha absorvente, descartando no lixo adequado;
  • Pulverizar o Optigerm PPT em um Wipper e aplicá-lo em todas as superfícies horizontais como (cadeiras, criado-mudo, armário, bandeja de alimentação etc.)
  • Deixar secar;
  • Repor sacos de lixo;
  • Pulverizar Optigerm PPT nas luvas e retirá-las, colocando-as de volta ao carro funcional;
  • Higienizar as mãos com sabonete ou álcool gel Opticare

Limpeza do piso do quarto:

  • Calcar as luvas amarelas;
  • Observar o piso e se houver presença de manchas e sujidade impregnadas, realizar a técnica de descontaminação pulverizando a solução de Optigerm PPT, removendo com papel toalha, descartando no lixo adequado;
  • Aplicar a Ferramenta Lamelo em todo o piso do quarto visando remover sujeiras secas;
  • Descartar o refil do Lamelo no lixo do carro funcional;
  • Aplicar Limpador Garra no piso com a Ferramenta de Mop Plano Spray, limpando-o totalmente e dando acabamento total;
  • Pulverizar Optigerm PPT nas luvas e retirá-las, colocando-as de volta ao carro funcional;
  • Higienizar as mãos com sabonete ou álcool gel

 Limpeza do banheiro:

  • Calçar as luvas de látex amarelas e óculos;
  • Pulverizar o Optigerm PPT em todas as superfícies, louças sanitárias e dispensers (externamente) e fazer a esfregação usando as seguintes esponjas e fibras: Fibra Verde para vaso sanitário, cestos de lixo e piso do banheiro com suporte LT Esponja Verde e Amarela para pias e demais superfícies e louças sanitárias
  • Logo após enxaguar com pequeno volume de água;
  • Secar com Wiper as superfícies e louças sanitárias;
  • Secar piso com rodo ou pano apropriado;
  • Pulverizar o Optigerm PPT em todas as superfícies e louças sanitárias;
  • Deixar agir por 10 minutos;
  • Secar com Wiper apenas as superfícies e louças sanitárias que se fizer necessário como vaso sanitário;
  • Repor sacos de lixo;
  • Reabastecer, quando necessário, os dispensers de papel higiênico, toalheiro e sabonete líquido, limpando-os neste caso, também externamente com Wiper e Optigerm PPT;
  • Pulverizar Optigerm PPT nas luvas e retirá-las, colocando-as de volta ao carro funcional;
  • Higienizar as mãos com sabonete new Eversoft ou álcool gel New Eversoft.

Finalizando o processo:

  • Recolher todo o material e depositá-lo no carro funcional;
  • Reabastecer o reservatório do Spray Mop com solução Limpador Geral Garra;
  • Reabastecer os pulverizadores com os seus respectivos produtos;
  • Descartar Wiper utilizados,
  • Acondicionar o refil do Mop no balde indicado e repor o refil para a próxima limpeza;
  • Reabastecer o carro funcional com os materiais necessários e se dirigir ao próximo aposento.
epi

Equipe do hospital usa os equipamentos de proteção individual

Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)

Usar equipamentos de proteção, como luvas, máscaras e toucas, pela equipe de limpeza, é recomendado e trata-se de um recurso extremamente importante dentro das práticas para evitar a transmissão doenças e a infecção por agentes patogênicos.

Mas qual a finalidade de cada EPI?

– Máscaras: servem para proteger o indivíduo contra inalação de aerossóis ou gotículas (por meio das mucosas da boca e nariz) nas precauções por gotículas e aerossóis.

– Avental: deve ser utilizado durante os procedimentos nos quais há possibilidade de contato com material biológico e com superfícies contaminadas, especificamente nas precauções de contato. O avental protege a roupa do profissional de limpeza e a região abdominal contra umidade.

– Botas: utilizadas para proteção dos pés em locais úmidos ou com quantidade significativa de material infectante.

– Óculos: para proteger a mucosa ocular contra possíveis respingos de sangue, secreções e produtos para limpeza e desinfecção quando usado em superfícies altas.

– Luvas: indispensáveis para proteger o profissional de limpeza em suas atividades e de qualquer contato direto ou indireto com material orgânico.

Os profissionais devem ser orientados com relação ao uso das luvas que só devem ser usadas durante os procedimentos de limpeza e retirada com a técnica correta. Nunca tocar em locais de uso comum (maçanetas de porta, botões de elevadores, etc.)

“As luvas devem ser usadas em cores diferentes para seleção do ambiente e procedimentos mais e menos contaminados, como a limpeza de um quarto e a limpeza do banheiro e retiradas de lixo.

Como por exemplo usar a luva amarela para o quarto e a luva azul para o banheiro.

Os materiais de uso individual devem ser utilizados conforme as normas que regem a instituição e os profissionais devem ser orientados com relação ao descarte correto dos artigos de proteção.

Quais ferramentas e acessórios auxiliam no combate a infecção hospitalar?

Para que os procedimentos de limpeza e higienização nos hospitais possam ser dinâmicos e otimizados, há acessórios com tecnologias desenvolvidas com a finalidade de atender a demanda e garantir melhores condições de trabalho.

Os equipamentos devem ser aprovados pela ANVISA e atender normas com relação à ergonomia e à transmissão de infecção.

Veja abaixo alguns acessórios que podem tornar a rotina de controle de infecções muito mais prática e eficaz:

  • Pulverizador – são utilizados para aplicação das soluções em superfícies fixas na limpeza hospitalar. Podemos encontrar dois tipos: os pulverizadores de pressão e de gatilho (trigger).

Os pulverizadores são considerados um sistema inovador, que exigem menor esforço do profissional e geram economia e praticidade. A recomendação é usar o pulverizador de pressão em relação ao de gatilho, pois o esforço é menor para o trabalhador quando falamos em superfícies extensas, como teto, parede e piso.

No sistema tradicional, são utilizados almotolias ou frascos de plásticos adaptados, que não exigem muita força física, no entanto não conseguem ter uma uniformidade com a quantidade de solução aplicada nas superfícies fixas gerando muito desperdício de solução.

Os hospitais que utilizam o sistema de pulverizadores comprovam que é mais econômico em relação ao sistema tradicional entre 70 e 90%

Outro fator importante é de que nos pulverizadores o produto não tem contato com o meio externo, dificultando assim a contaminação do mesmo.

Um exemplo é que em uma mesma área física hospitalar, o sistema tradicional utiliza 1500 ml de solução desinfetante Optigerm PPT em relação ao sistema de pulverizador que utiliza 450 ml da mesma solução, gerando uma economia de 70%.

Em estudo de nossa empresa obtivemos, surpreendentemente, as reduções proporcionadas pelo sistema pulverizador manual em conjunto com os produtos Oleak.

Ademais foram obtidas em comparação com sistemas tradicionais de limpeza, que jogam água e produtos com baldes e canecas. Em suma, os resultados encontrados foram:

1- Redução de tempo de limpeza – reduções entre 38 a 67% no tempo gasto.

2- Alto Rendimento – reduções entre 75% a 96% no consumo de produtos de limpeza.

3- Ecológico – reduz em até 78% o volume de água de enxágue

  • Baldes – são recipientes para a lavagem dos panos ou MOPs utilizados na limpeza e devem ser de cores diferentes (padrão é azul e vermelho).

Para cada tipo de limpeza deve ser usado um conjunto de balde com a solução indicada. A técnica dos dois baldes pode ser utilizada nos procedimentos de limpeza do piso (limpeza manual úmida).

Balde azul com solução de detergente neutro ou Solução desinfetante Optigerm  PPT, já o balde vermelho usado com água limpa (que serve para lavagem do pano/mop).

  • Rodos – são utensílios que servem para a retirada de água durante o enxágue e para passar o pano no piso. A recomendação é que sejam de alumínio com cabo ergométrico. Não é recomendado o uso de rodos de madeira no ambiente institucional.
  • Escova lavatina – tipo de escova utilizada para a limpeza do vaso sanitário. Seu uso é recomendado durante o processo de limpeza e desinfecção após a higienização do banheiro.
  • Mops – há no mercado o mop úmido e o mop seco. Mop úmido é recomendado para a limpeza úmida das diversas áreas do hospital e suas cerdas são compostas por fios de algodão e sintéticos.

Possui grande vantagem na questão ergonômica, desde que não seja do tipo mop cabeleira com balde espremedor, pois este necessita de muita força quando espremido para tirar o excesso de água ou produto de limpeza.

Entretanto nos mops do tipo plano como o Bio, Limpa Fácil, Spray Mop o produto já fica embutido no suporte e o trabalhador não necessita se abaixar repetidas vezes para lavar o pano e nem espremer.

Em relação à infecção, em ambos não há contato com as mãos dos trabalhadores, minimizando o risco de contaminação.

Já o mop seco, tipo Lamello, é recomendado para a varredura com a vantagem dos detritos permanecerem grudados no refil, evitando assim a aerossolização de partículas.

Este tipo pode ser utilizado em todas as áreas do hospital desde que seja ambiente seco e não pode ter contato com matéria orgânica.

  • Suporte de disco – é usado nas enceradeiras e lavadoras automáticas. O suporte de madeira não é recomendado pelo risco de infecção. A preferência é que seja de polietileno.
  • Suporte LT – é utilizado, junto das fibras de limpeza, para fazer esfregação das superfícies na limpeza molhada, na qual não se consegue passar enceradeira ou máquina lavadora. Também indicado para esfregação em paredes e rodapés.
  • Discos de Limpeza – as fibras são constituídas por nylon sintético e servem para a esfregação das superfícies fixas de grandes extensões.

São usados para a limpeza do piso com enceradeira ou lavadora automática. Eles devem ser limpos com água e detergente neutro e secar na sombra, já que o sol pode diminuir a sua vida útil.

Ao fazer uso dos acessórios de limpeza, a equipe deve transportá-los corretamente em um carrinho denominado carro funcional, que facilita o acondicionamento do material a ser utilizado e o deslocamento de uma área para outra.

Conclusão

Por fim, para que haja redução na incidência de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS), é mais do que urgente que as boas práticas de limpeza e higienização sejam realizadas com responsabilidade e atenção nos ambientes hospitalares e nos serviços de saúde e adesão a higienização das mãos são ações de fundamental importância.

Não há como pensar em um controle adequado de infecção hospitalar (IRAS) sem pensar em ações e procedimentos que atuem na redução de microrganismos e que sejam realizados metodicamente e de forma contínua nesses espaços.

Para isso, é importante dispor de produtos de limpeza e higienização de qualidade, de uso profissional e certificados pela ANVISA, que tem como finalidade promover a proteção da saúde da população, por meio do controle sanitário da produção e comercialização de produtos e das soluções para limpeza e desinfecção dos materiais e superfícies na área hospitalar.

O uso de recursos adequados com uma educação permanente e continuada é que vai garantir a eficácia dos procedimentos e a segurança das pessoas que têm contato direto ou que circulam pelo espaço.

As orientações em relação aos conceitos e técnicas para procedimentos de limpeza e desinfecção são de responsabilidade de órgãos ligados à Organização Mundial da Saúde (OMS) e ao Ministério da Saúde.

Dentro das instituições de saúde, como dissemos, a responsabilidade está ligada à Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), em conjunto com a administração do hospital e a conscientização de toda equipe multidisciplinar e campanhas para orientar os usuários e seus familiares.

O Centro de Controle de Doenças (CDC), ligado a Organização Mundial de Saúde (OMS), tem por finalidade coordenar e orientar as Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) sobre o controle da infecção hospitalar (IRAS)  e na contenção de surtos nos aspectos de uso de materiais e insumos para procedimentos invasivos e nas soluções usadas para a limpeza e desinfecção de equipamentos e ambiente.

Então, para que se tenha sucesso no controle de infecções hospitalares e na contenção de surtos, é preciso uma força tarefa que engloba pessoas conscientes e insumos de qualidade.

Assim, envolver toda a equipe de profissionais do hospital nas práticas de higiene e na conscientização sobre a importância de atos isolados e coletivos de limpeza e oferecer os recursos necessários é fundamental para que haja uma cultura bastante consolidada de preocupação com as infecções hospitalares (IRAS), a saúde e o bem-estar no ambiente de assistência médica.

 

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Referências:

Revista Mineira de Enfermagem

ANVISA

OMS 

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